28 de nov. de 2022

NóS e A ContrAculturA

 Não adianta ocultar, fingir que não vê ou atribuir louvores a outros autores. Justiça seja feita e verdade seja dita a ContrAculturA está mais viva do que nunca na Word Wild Web, ou seja na Internet, perdendo apenas em estilo para o surgimento do 3 D, o grande lance, o tal "novo" tão esperado e anunciado pelos artistas plásticos dos anos 60, 70 e 80. A ContrAculturA atualmente, é a "coqueluche" da decoração do Ciberspaço ao menos na última década e ganhou adesão até mesmo das grandes mídias, "pegando pesado" nos comerciais. Se você é interessado em arte contemporânea e acompanha o movimento, certamente não deve estranhar estas informações. Mas se você pensa que está vendo coisas novas na Internet, coisas que não existiam antes, saiba que está redondamente enganado. Vamos então "de brincadeira" fazer aqui um teste. Observe atentamente a obra de arte a seguir: 


Bela não é mesmo? Não,  esta imagem não é de minha autoria. E a maioria das pessoas que não a conhecem vão naturalmente imaginar, se tratar apenas de mais uma imagem digital de última geração, que usa stickers, carimbos ou colagens criadas num programa editor de imagem, afinal ela é tão atual. Mas, em verdade esta obra de arte, é uma autêntica litogravura, que foi criada há 50 anos atrás, por  Peter Phillips, um dos artistas que fez parte do movimento da Pop ART, atualmente consagrado entre outros mundialmente famosos. Ele atualmente está com 83 anos e tem um site incrível: 

https://www.peterphillips.com

A página expõe uma coleção muito grande de obras do seu acervo pessoal e ele  montou também um lugar especial para visitação pública. Se você pretende viajar e aprecia artes plásticas esta é uma grande oportunidade, tudo está bem explicado no site. 



Peter Phillips

Sem título

serigrafia, colagem

70 cm x 100,0 cm

1974

Impresso na Itália 


Logo os anos passaram, porém inspirados nos recortes e colagens da Pop ART, no seguir outros artistas deram vazão as suas criações, com aqueles mesmos toques de irreverência próprios das técnicas e estilo, pois filha legítima da Contracultura, a Pop ART já nasce como meio  revolucionário adequado, deixando marcas importantes por onde passa e por onde passa tudo gira em transformação até chegar finalmente a harmonia. Nos links abaixo você poderá se informar um pouco mais sobre: 


*Stickers e Outros*


"Mais que um Sticker. Uma expressão urbana – Beta Redação"

http://www.betaredacao.com.br/mais-que-um-sticker-uma-expressao-urbana/amp/


"Emoji faz 36 anos; conheça a evolução das 'carinhas' na Internet | Internet | TechTudo"

 


E se você gosta de ContrAculturA, conheça o meu blog http://tvmontage.blogspot.com.br .


10 de mai. de 2022

A Arte E As Grandes Massas

 


Quadro Atual 

Pixels - 2022


"Com o grande sucesso da Internet, timidamente aos poucos finalmente o povo migra da realidade física para a sua extensão na realidade virtual. A seguir, em apenas uma década depois, o ambiente novo muda e passa a refletir os mesmos antigos comportamentos e anseios típicos da sociedade, que "pareciam velados" e agora ficam mais visíveis e palpáveis." 

Na vida coletiva e social de hoje, é difícil falar de qualquer coisa que não esteja associada à economia. De uma forma ou de outra, mesmo que o assunto não aponte diretamente para a realidade econômica que o cerca, a situação estará inserida no contexto e muitas vezes será o gatilho que moverá as pautas da humanidade. Nessa interligação, quase um capricho da natureza operada pela roda da fortuna, regendo nossos destinos, a arte a que me refiro é aquela que é capaz de tomar e elevar o indivíduo, ou que faz as pessoas pararem para pensar diferente sobre a vida. A ferramenta capaz de causar polêmica ou apenas expressar as novas diretrizes de implementação. Ao mesmo tempo paralelamente, arte e economia flutuam sob e acima de toda a opressão atual e evolução social e parece que os outros meios, educação, saúde, trabalho, ciência, filosofia, humanidades, política, religião, leis e tudo mais que sustenta a vida , se dissolvem em trechos, cenas de um filme. A arte é sempre um reflexo do nosso estado de espírito. A arte pura que exalta a consciência não é muito comum nas redes sociais e seus artistas dificilmente "viralizam", segundo a linguagem do meu país de origem, o Brasil. Mas isso também é possível e raro. Nesse caso, fica mais fácil para o público acompanhar as notícias de quem já foi reconhecido, morto ou vivo, no mundo todo ou em seu próprio país. São os consagrados famosos, motivo de orgulho em qualquer nação. A maioria das personalidades que foram polêmicas em sua época ou até mesmo pouco conhecidas, mas que no seguir vão servir de modelos. Na verdade, sobre evolução das mentalidades das grandes massas, as coisas não mudaram em nada desde as últimas cinco décadas. Nesse sentido e nessas questões do pensamento, embrulhadas nas novas linguagens das tecnologias aumentaram as opções de escolha apenas aparentemente. No geral continuam atraídos pelas oportunidades de crescimento individual, mas no coletivo dos internautas, as novas ferramentas ainda tendem a fortalecer e valorizar as tendências massivas, dos estilos e produções mais populares possíveis. Esta é a geração que mais exalta e nivela por baixo a qualidade da vida humana no planeta nas últimas doze décadas. Após 120 anos de resistência, lutas sociais de vanguarda para garantir as liberdades elevadas da consciência humana, conquistadas gerando o legado da riqueza coletiva, começam a desmoronar e algo estranho acontece em nossas populações, a começar pelo gosto popular escarnecedor que busca ofuscar e humilhar as inteligências que vem a seu favor. As ferramentas não ajudam a envolver a população num ambiente mais promissor e reflexivo capaz de elevar o espírito e seu gosto cultural e a partir disso,  naturalmente também resolver seus problemas financeiros. Repetem velhas fórmulas de alienação. Assim como os museus, os teatros e os centros culturais estão diariamente abertos, para visitação pública, a maioria grátis, mas somente um público exclusivo costuma frequentar. A maioria da população passa pela porta e não entra. Algumas exposições de artes plásticas, trazendo artistas famosos internacionais, atraem a população, de vez em quando e para gerar este fenômeno, investem nos eventos fazendo propagandas em rádio e televisão. Os anúncios das bienais de livros e mostras coletivas de arte, também são divulgados com menos empenho, daí merecem pouca atenção. Dentro das redes sociais existem páginas e canais de vídeos, com seus públicos frequentadores, porém apesar da frequência nem eles, na maioria,  conseguem monetização, por não atingirem um grande e massivo público diariamente. Exatamente vivenciando, envolvida no meio disso e por isso posso até me considerar uma autora de sucesso dentro dos "meus limites" impostos dentro das redes sociais de vídeos de curtas. Porque meu público é restrito, mas diversificado, pequeno, mas sincero e apreciativo. O mais surpreendente é que as pessoas vêm de diferentes círculos culturais, credos e estratos sociais. E como eu sei disso? Eu visito suas galerias de vídeos. Alguns também postam e os outros sempre carregam playlists, então é fácil ver o que eles dão mais importância. Pode-se dizer que é um público popular raro, que gosta de variar o cardápio, mas eu mesmo que considero minha arte rara e também diversificada às vezes me questiono o motivo de estar ali.  Produzo essa arte polêmica e estigmatizada, arte contemplativa intelectual, ou arte "refinada", para alguns, "arte estúpida" para os leigos e conservadores. Chamo de arte negociável, diferente de comercial, pois, em caso de sucesso, por ser negociável, não falta quem a patrocine, mesmo que seja algo especial. A princípio voltada para públicos-alvo específicos ou seletivos, mais tarde quando uma dessas obras se torna famosa enquadra-se bem no perfil coletivo que aceita a premissa: "Todo mundo tem um pouco de médico e de louco". Como forma de buscar o conhecimento geral para se manter atualizado, as pessoas espiam fora de suas caixas, absorvem docilmente algo (pra elas novo) considerado de alto valor cultural, da mesma forma que às vezes se dão ao luxo de comer em um restaurante mais caro e se preparar para saborear um novo prato recomendado pelos amantes da "boa comida". Depois de provar as iguarias, não falta julgamento da "grita popular" dividido em aplausos de aprovação ao lado de quem faz cara feia, mas que aceita por ser nutritivo e também dos enjoados que desprezam os refinamentos do paladar. É assim que eles fazem com certas artes interessantes, que chamam a atenção de autoridades, mas no resto do mês, sem mais estímulos, todos voltam a mergulhar no cotidiano de suas preferências. Enquanto isso, artistas como eu, criadores de conteúdos extraordinários ao gosto comum, estacionamos nossas pequenas ilhas de sonhos nas plataformas, cada uma carregando seus ideais diferentes e o que me move a usar esse tipo de suporte é o desafio de desenvolver em segundos e minutos apertados, profundos e longos, ideias duradouras, coletadas alí. Até que outras plataformas me atraiam ou o meu interesse se esvazie. Achei que o minuto pode ser muito mais trabalhado e devemos aproveitar essa recente tendência das grandes massas que aderem febrilmente à moda dos shorts explodindo em 2021 e 2022. Tomara que a tendência dure muito, o período de pico já pode estar se aproximando mas espero que esteja longe. Há dez anos eu comecei no YouTube com vídeos curtos, eles mostravam segundos, os outros criadores trabalhavam os videoclipes por cinco a dez minutos e eu tinha pouquíssimas visualizações. Vídeos curtos não eram monetizados, considerados talvez pouco profissionais, mais usados em comerciais de TV ou pequenos trailers. Eu mesmo aproveitei a técnica para blogar, o que logo me atraiu já que os vídeos não tinham muita audiência. Mantive o canal mas preferi conhecer melhor outros ambientes virtuais. Alguns anos depois de repente tudo mudou, vendo outras plataformas fazendo sucesso com os insignificantes curtas, o YouTube também decidiu monetizá-los. Ocorreu-me que o crescente incentivo à criação de curtas, impulsionado por empreendimentos econômicos fáceis e lucrativos, despertou nova geração de usuários e a minha criatividade artística novamente acendeu a velha chama. Mas meus vídeos ainda são artísticos. Que bom que agora por este post você já sabe e se quer visitar minhas galerias terá ideia do que vai encontrar. A minha novidade atual é que resolvi migrar os vídeos que apresento nas plataformas para o ambiente artístico mais reservado do "O CONTO NO SLIDE". Este é o meu blog exclusivo de Vídeos de arte e experimental, que contém também uma pequena coleção RetRô de primeiros Gifs e estilos de Visuais Animados que fiz para aprender e me divertir. Alguns você até pode baixar donwload e guardar de "lembrança". Estou levando aos poucos o material para o blog, mas já está apresentável. Acesse clicando no título acima.


Por: TuliA

Documento 2022 -  bR  


13 de fev. de 2022

A Terapia das Artes

 

Quadros Na Parede 

Pixels 

2022


Ou, como é reconhecido atualmente, a "Arte Como Terapia", não vai tornar o apreciador de qualquer arte em artista mas vai promover uma grande paz de espírito e mais confiança em si. Sobre ser ou não um artista plástico, falo sobre isto no post abaixo: O que é Obra de Arte? Alguém pode me explicar?

Mas este post aqui e dedicado aos apreciadores, que tanto se identificam com arte, a ponto de pensar em exercitar também um pouco. Eu conheci pessoas que nunca pretenderam se tornar artistas famosos, não encararam suas habilidades como profissão porém fizeram belos quadros. Na minha casa existem alguns quadros belíssimos assim, que herdei dos familiares, amigos e parentes. Caso você seja inclinado a isto, ao meu ver, deve sim gastar horas do seu precioso tempo em algo que só vai favorecer. Vamos chamar isto de "Hobby" ou abrasileirando, "Passatempo", que segundo a Wikipédia é a denominação dada a uma atividade de entretenimento livre que o indivíduo desenvolve sozinho ou coletivamente, mas não deve ser confundido com jogo, que é uma diversão envolvendo regras e determinados objetivos. 


Desde o século dezenove, talvez antes, sábios ilustres estudaram a arte como terapia, o que acabou resultando em ciências comprovadas e deu surgimento a Arteterapia, no entanto aqui não vou me aprofundar tanto, pois não falo de um tratamento mas apenas de uma prática social que pode interessar, como um auto melhoramento. Tanto é que as escolas, já reconhecem que oferecer oficinas de arte, ajuda o desempenho dos alunos em outras disciplinas. 

Talvez alguém discorde de mim, quando digo que esta prática promove bem estar, alegando: "Ao contrário, os artistas as vezes ficam nervosos e muito sensíveis quando estão mergulhados em suas criações!" É uma verdade sim. No entanto a cabeça dos artistas funciona de um modo diferente, muito parecido com a de qualquer profissional quando se depara com problemas a resolver em sua profissão. 


Para saber qual arte se deve praticar como Hobby apenas se descobre testando. Se você iniciar um curso de desenho e pintura ou comprar materiais para iniciar sozinho, deve experimentar uma grande paz que logo te leva a concentração. Se você não sentir isto, apesar de entender tudo que é ensinado, continua agitado, significa que está no lugar errado. Saia fora imediatamente e procure outra arte, até encontrar o seu lugar. 

Minha vivência neste campo, é bastante substancial. Dei aulas de pintura e desenho para adolescentes dois anos, ajudando a montar uma oficina de artes no bairro do Catumbi nos finais dos anos 80. Morei 4 anos na rua principal do bairro, em um daqueles casarios que foram "tombados historicamente" pelo governo, precisamente na Rua do Catumbi. Certa vez, nós moradores, recebemos o convite do Presidente da Associação de Moradores para uma reunião que tratava da oferta de se montar uma Oficina De Arte local, dirigida pela criadora do projeto, Marisa Cortes, que tinha todos os subsídios garantidos pela Fundação Rio, aqui no RJ. O Presidente da Associação, infelizmente não lembro mais o nome, que era proprietário de alguns casarios desocupados, ofereceu um casario enorme para a oficina e cedeu outro para a fundação de uma biblioteca infanto juvenil, que também começou a funcionar com a ajuda voluntária do povo local, de entendidos no assunto. Eu fui a reunião, me simpatizei com a iniciativa, trabalhei um ano como voluntária e no ano seguinte resolveram me pagar mensalmente, inscrita na folha de pagamento da Fundação Rio como "Orientadora Técnica", já que eu era de fato artista plástica, mas não tinha licenciatura. 

Precisei elaborar um curso para apresentar aos alunos. Meu aluno mais novo tinha nove anos, o mais velho quinze. No ano seguinte ainda eram os mesmos e a turma aumentou, apareceu até gente de dezessete. O desempenho deles foi excelente e me deixou satisfeita e admirada. 

No fim de cada ano, havia o bazar da Oficina onde os alunos de cada Orientador, doava um trabalho para a venda. O dinheiro servia de "caixa de melhoramentos" e incentivo para alunos em negociar se quisessem se profissionalizar. As obras dos meus alunos não eram vendidas mas foram exibidas em painel e notei que o público elogiava a todos como verdadeiros artistas em exposição. Contudo, em ateliê eu conversava com a turma aberto e claramente sobre a situação. Quando perguntei, "Quem pretende seguir a carreira de artista?" A maioria respondeu, "Quero ser médico, ou professor, administrador, etc e etc". Eu desconfiava que havia dois alunos, que pareciam ter fortes tendências. Apesar desta consciência que adquiriram, continuavam frequentando e a cada dia se tornavam mais equilibrados. Quando chegaram ali nas primeiras aulas, tinham muitos preconceitos sobre arte e entornavam tinta na mesa toda hora, riam por qualquer bobagem, tudo típico da inquietude efervescente da juventude. Eu desenvolvi o método de realidade e técnicas que rompem com as "bobagens infanto juvenis" para uma liberdade juvenil mais inteligente, por que o adolescente gosta de verdade e ser tratado com respeito. Aliás, quem não gosta? Lá para o meio do curso eu já saia da sala para ir tomar café e conversar com amigos professores. Ficava bem uns dez minutos ou mais e quando voltava estavam todos em silêncio, concentrados. Caso algum material sujasse a mesa, imediatamente era limpo sem constrangimento, sem incomodar. Antes de abandonar ateliê, tudo ficava em ordem para o retorno. Eu não ensinei, só orientei algumas vezes, mas a mente deles percebia rápido como agir e isto ocorre naturalmente dado ao exercício artístico de se encontrar soluções. Sinceramente aprendi muito, observando estes admiradores das artes plásticas, mas que não eram artistas, ou ainda não se reconheciam assim. Mas um dia, no ano seguinte me apareceu em sala uma jovem de uns doze anos, super ativa e inteligente que falava muito. Dois meses se passaram e continuava tal qual chegou. Aprendia tudo com facilidade, era educada mas sua agitação era desconcertante. Um dia chamei a mãe dela, que trazia a mocinha para a aula e expliquei o seguinte: "Sua filha é um amor de pessoa, muito inteligente mas não está se adaptando a aula de artes plásticas. Vamos procurar outra arte pra ela desenvolver aqui na Oficina." A mãe concordou e no mesmo instante fomos visitar, de sala em sala, as outras atividades. Havia alí, aula de macramé, batik, pintura infantil, papel machê entre outras e subitamente ela escolheu tapeçaria. Interessante é que ela era a única mocinha da sala, algumas jovens adultas e a maioria das alunas eram mulheres, senhoras bem mais velhas, que por sinal tinham grande habilidade e criatividade. Elas não faziam apenas tapetes. Comprei de uma delas uma bolsa super colorida que usei durante anos. Daí passei a espionar minha ex discípula e sempre a encontrava totalmente mergulhada e quieta.


Tomara que este texto sirva para incentivar, no mais espero que funcione. E mesmo que não se torne um artista plástico famoso divirta-se, decore sua casa, dê de presente. Quem sabe gostem e vá parar na estante ou na parede.  



12 de fev. de 2022

Dadaísmo e Surrealismo



Enlevos Da Música
Pixels 2022


 Enquanto o Surrealismo leva à contemplação de realidades mais subjetivas, o Dadá propõe a observação crítica das contradições da vida terrena material, embora elabore para isso meios imaginários claros de absurdos reais. Ambos os estilos fazem pensar ou perceber. E ambos, surgidos mais ou menos na mesma época, por volta de 1916 em diante, empregam efeitos de pintura clássica atualizada no período. Contudo, alguns artistas que tiveram também presentes no movimento, se expressaram com estilos diferentes dando mais ênfase as concepções intelectuais, efervescentes, libertárias e provocativas em favor das evoluções das mentalidades e dos pensamentos da humanidade. Historicamente quando surgiram, cada um na sua vertente, atuou como movimento de contestação de valores culturais que se manifestou rapidamente nas demais artes. 

Mas passado os anos, hoje por exemplo, após tantas mudanças da mentalidade humana, social e mundial, o que fica intacto e visível é a grande liberdade de expressão do artista, que tanto poderá estar tentando transmitir uma mensagem, como poderá estar apenas realizando a "Arte pela Arte" no seu mais puro exercício. Tal liberdade emprega de tudo na criação da obra, já que ocorreram mesclas. O importante é se entregar ao prazer de realizar, o que implica estudar e evoluir para se expressar cada vez melhor. A liberdade ao alcance da atualidade implica também que o artista poderá se limitar a crescer apenas dentro de um estilo específico, caso para si isto baste. No passado haviam regras do pintar "corretamente", na verdade dentro de algum padrão reconhecido. Toda novidade era mal vinda, ou muito questionada até ser aceita até mesmo pelos próprios artistas. Quanto a mim como artista plástica, me basta a liberdade de me expressar em todas as direções que me inspiram no momento da criação. Deixo aqui um vídeo curto (shorts) para o leitor apreciar a pequena mostra de "Dadá e Surreal". Basta clicar na imagem "Enlevos Da Música". Leia a descrição do vídeo, para "saber mais". 



7 de fev. de 2022

Naif A Arte Que Confunde

" Suportes Geométricos Não Convencionais "


Desta vez escolhi o Naif para expressar a minha nova fase de "Suportes Geométricos Não Convencionais", ou "Escultura Virtual" lembrando que é possível trabalhar em qualquer estilo. Mas o Naif certamente, por sua própria natureza provoca em muitos a sensação de uma arte decorativa.

Clique na imagem a seguir para ver as outras obras neste vídeo shorts, no Teatro Exposição:


Flores Sobre Borboleta - pixels - 2022


O Naif talvez parta de uma base mais descompromissada com as grandes concepções artísticas. Nesta escola de arte, cabe desde o primitivo até os conceitos construtivistas mais arrojados. Daí surge a pureza e o que mais interessa é o fato de realizar a expressão. Naif mistura os elementos, cores e cria o bizarro colorido, "cafona simpático", como um sábio que só deseja saber e desfrutar, não busca mais. Seria a lua nova artística morrendo e renascendo ao mesmo tempo. Eclodem combinações cromáticas desconexas, recortes de revistas, colagens, objetos com mensagens sem nexo. Tudo faz sentido e nada faz muito sentido.  

Desde que surgiu é o estilo de arte que mais confunde a crítica. Sem ligar pra isso ele continua, seguindo suas evoluções de década em década. Começou a chamar a atenção do mercado de arte quando Henri Rousseau expôs no Salão dos Independentes em 1866, e continua recebendo atenção crítica e ganhando novos apreciadores. 

Sobre os Suportes Geométricos Não Convencionais, estou bastante inclinada em dar prosseguimento. É para mim uma nova fase muito divertida que iniciei em 2013 e retornei no final do ano passado, em 2021 e explico melhor o "processo de criação", no post entitulado," Arte Exposição - Gestual S/Suporte Geométrico Não Convencional: Documento", logo uns posts abaixo. 

🎨 Se vc é artista plástico talvez sinta-se encorajado a se engajar neste movimento, também conhecido como um seguimento mais arrojado da pintura Hard Edge, que usa formas simples e que oferece inúmeras  novas perspectivas. E se vc já é um dos pioneiros e passar pelo blog, deixe seu contato no meu "Livro de Visitas" no início da página, para que eu também possa apreciar suas obras.

 Saiba mais sobre "Escultura Virtual" clicando no " marcador" no rodapé deste post.


🤗 Obrigada por visitar. Siga o canal!!



22 de jan. de 2022

Arte Digital - Da Renascença ao Realismo Fantástico

 Casquinha de Sorvete 

 Pixels  2022

"Entre a realização de fazer este quadro, está o fato de assinar  "propositadamente" ao contrário."


A informática é algo que as populações não sabem como funciona mas fazem uso constante no dia a dia. Do mesmo modo, tem acesso e usam imagens digitais sem também ter ideia plena de como se chegou a tudo isso. Daí é mesmo muito importante que crianças e adolescentes recebam aulas de arte nas escolas, comecem a compreender estilos e aprendem algumas técnicas. Todo este aprendizado ajuda a conhecer melhor o mundo virtual e facilita a interatividade. Expande a consciência do ser humano. Deixo aqui um link que encontrei na web, sobre a história da arte, de linguagem bastante simples mas muito informativa, que tanto serve para professores de arte, alunos e artistas iniciantes. Contudo, leia primeiro o post a seguir e depois clique e aproveite a dica deste link acima ao lado. 

A arte Digital vem a ser realmente o marco do tão esperado "novo" dos artistas laboriosos do fim do século vinte. Essa busca se torna mais intensa conforme explico nos posts abaixo, neste paradigma, nas décadas de 60, 70 e 80. Mas eu quero ressaltar aqui o quanto foi importante o estudo da cor luz e da forma, que se inicia nas artes plásticas da renascença até o Surrealismo e colidindo com o Fauve, apesar de pictórico, não menos importante. Ambos, Surrealismo e Fauve reestudando o emprego da tinta negra, ou do preto nas telas e painéis das obras de arte. O Surrealismo aderindo a corrente do estudo ótico, ou óptico das teorias da cor luz enquanto refração e reflexão, apoiados na Física, enquanto paralelamente o estudo do Fauve, também apoiado na Física, aderindo a corrente da cor pura, usando o negro no sentido de pigmento puro e simples, gerando a sensação de perspectiva no espaço visual. Isto se dá "automáticamente", como observam os artistas da época, simplesmente por se tratar de realidade pura que eles começam a empregar em suas telas sem respeitarem mais as regras impostas pelos métodos tradicionais de se pintar, impostas nos racionalismos das academias de desenho e pintura. Contudo o que impulsiona os artistas a romper definitivamente com valores racionais, que delimitam os artistas em áreas cercadas permitidas é de fato e comprovadamente o Expressionismo. O Expressionismo é derivado dos últimos estudos da luz e cor no movimento Impressionista. Os artistas não se permitem mais a tratar a arte dentro das regras da mente e do racional. A mente racional não vê plenamente e finalmente os artistas assumem a total capacidade do artista expressar sua sensibilidade além do que se enxerga. Neste momento glorioso outras tendências científicas também dão total reforço no campo da psicanálise e da espiritualidade. O interessante é que o movimento do automatismo revisto no início do século vinte, remonta as mesmas técnicas de pintura empregadas na Renascença, obtidas pelo estudo da prática do "claro escuro" ou estudo das "meias tintas". Tais práticas de se pintar gera a "fixação de forma" e automaticamente a forma perfeita. A forma perfeita com tudo que ela contém, geometria, volume e textura. Por isso ao se olhar um quadro deste período o observador identifica os elementos, cristal, metal, madeira, couro, pele, tipos de tecido e etc e etc. Nestas obras, enquanto se pinta, muitas teorias sobre luz e cor são observadas pelos mestres e os fenômenos anotados em ensaios por alguns. Leonardo Da Vince por exemplo, descreve sua primeira constatação da cor complementar, apelidando-a de "cor falsa". Os discípulos de Da Vince sentem dificuldades em entender os sucessos do mestre na superfície plana da tela ou papel e acreditam que tudo é efeito obtido por gramas de pigmentos coloridos. Ele explica que os efeitos não são químicos, mas são produzidos por leis físicas. Mais tarde cientistas como Kepler e Newton demostram a veracidade destes conhecimentos. 
Algo comum a história da arte é ver artistas revendo artes do passado, buscando informações importantes. Os renascentista vão busar e usar métodos precisos do período clássico grego. A arte grega manifesta na pintura, arquitetura e escultura se sobressai mais na prática técnica da "fixação de forma", fruto do exercício do "claro escuro" justamente na escultura. O famoso Michelangelo, pintor e escultor italiano, esculpia como um grego. Ele projetava a imagem no bloco de pedra e automaticamente sua mão, sem erro de cálculos, retirava as sobras com suas ferramentas de escultor. As lascas iam se soltando e a imagem ia emergindo perfeita. Ele usava o mesmo conhecimento técnico na pintura. Após a pintura do teto da capela Sistina pintada entre 1508 e 1512, ele sofreu uma súbita cegueira que durou alguns dias, pois isto provém de um cansaço físico, resultado de árduo exercício óptico e motor, que produz logo a seguir também automaticamente e por processo natural, uma renovação no sistema ótico do artista. O mesmo acontece com os músicos clássicos ao apurar o ouvido e a percepção sonora. Saber disto me deixou muito tranquila (em algum post abaixo, escrevo sobre a época que fiz estudo de desenho clássico). Nas férias de fim de ano do curso, eu também tive uma súbita cegueira que levou uma semana para se dissipar. Comemorei isso como um triunfo. Mas, não acontece com todo mundo. Na capacitação de aprimoramento ótico, pode não ocorrer e é irrelevante. 
As técnicas do claro escuro, são diferentes das técnicas do conforme é conhecido, desenho realista e estas diferenças, podem vir a confundir o espectador e até mesmo estudantes de arte. Mas praticando um e outro o artista compreende na prática o valor e significado. O estudo do "claro escuro" é muitíssimo mais lento, pois não ensina uma técnica, mas aprimora um método e corrige erros de interpretação visual. Não falo assim, para desencorajar artistas e nem profissionais gráficos, ao contrário. Se no passado não muito distante nós artistas tivemos que botar abaixo regras que já não traduziram bem nossas intenções, hoje, com a facilidade digital que programas de imagem oferecem para leigos e publicitários apenas técnicos, estamos ameaçados de acreditar que a máquina superou o gênio criador dos artistas e que qualquer pessoa mesmo sem real talento artístico é capaz de produzir boas imagens. Não deixa de ser uma verdade, porém relativa. Imagina o que um artista de fato será capaz de entregar à humanidade, tendo como extensão de si ferramentas digitais, além de pincéis, lápis e tintas. Isto é fantástico!!

O Realismo Fantástico também é uma tendência que apareceu com mais evidência na Escola do Pensamento Humano dentro do cenário artístico do século vinte e conforme já comentei acima, ele decorre de todos os movimentos deste conglomerado histórico, mais ou menos nos meados da época. Foi mais forte de início na literatura, mas se estendeu em todas as artes, contudo sua interferência na música assabarca a música experimental, variando do New Age progressivo com instrumentos musicais fantásticos, acústicos e eletrônicos, a exemplo a Harpa Laser, aparece também nas orquestras e vai ao minimalimo dos dias atuais. Na verdade, o Realismo Fantástico é bem característico da música experimental eletro eletrônica que surge nas apresentações de produções independentes, quando começaram a produzir os primeiros sintetizadores Moog, de preço bem acessível à turma da "Contracultura", produzindo sons mágicos mirabolantes que se mesclavam aos sons da cidade ou da natureza numa sintonia e sinfonia cósmica. Copie para pesquisar:

"Moog (instrumento musical) – Wikipédia, a enciclopédia livre" https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Moog_(instrumento_musical)

"A música eletrônica, desde os primórdios até hoje em dia - Parte 1 - Canaltech" https://canaltech.com.br/musica/a-musica-eletronica-desde-os-primordios-ate-hoje-em-dia-parte-1-76021/

 Estamos aí vivenciando uma sociedade a beira da explosão do conhecimento humano, visto pelo seu esplendor e claro, não por seus erros sociais, fruto de ignorância e do não conhecimento. Então, devagar, timidamente surge a Internet até então, apreciada apenas por estudiosos da informática, conhecidos por "nerds". Hoje o termo "nerd", significa qualquer pessoa estudiosa como um elogio. Antes era uma tentativa de ofender os jovens cientistas, que não se misturavam a maioria das pessoas pois andavam muito ocupados. Mas da ocupação de nerds de todas as idades já no fim do milênio, adentrando ao século vinte um a Internet abriu um portal gigantesco entre a realidade física e a realidade física virtual, o ciberespaço, já apontando para o seu metaverso, já esperado por muitos pensadores e entusiastas. Artistas e cientistas apoiam desde o início este desenvolvimento. Finalmente o Realismo Fantástico encontra seu espaço manifesto, além das imagens oníricas representativas, ou literárias. Enquanto isso na sociedade, sem que as pessoas entendam as teorias, elas passam a viver nestes ambientes virtuais, envolvidas em redes sociais e jogos extraordinários com cenários livres e atividades que lhe dão conforto a alma. Até que tudo se torna comum e até nescessário para todos. A próxima meta, além da realidade 3D aprisionada da telinha é projetar o metaverso para o exterior, acredito porém que a holografia que também faz parte deste universo e ainda está sob estudos será usada e vai gerar algumas soluções para apresentações no mundo físico, poderá se aliada a informática, promover e realizar muitos shows, eventos e espetáculos sociais em tempo real ou distribuídos como pacotes culturais gravados. Imagina vc em sua casa, recostado confortavelmente em travesseiros de sua cama
ou sentado no sofá assistindo uma projeção em tamanho real holográfica, de um jogo de basquete, uma peça de teatro ou um festival de rock. 


No próximo post, vc vai encontrar duas imagens digitais parecidas. Uma Surrealista, de título "Desejo" e a outra Fouvista de título "Sorvete". 
Ainda envolvido no tema "Casquinha de Sorvete", em Realismo Fantástico, assista ao vídeo shorts no YouTube: 








12 de jan. de 2022

O que é Obra de Arte? Alguém pode me explicar?

 


Desejo
Pixels 2022

Tentando responder isto elaborei uma lista simples de perguntas e respostas, para ajudar a sua avaliação. Vou escolher também um tipo de arte que servirá de exemplo entre todas que existem:
"Artes Plásticas", que em geral envolve pintura, desenho e escultura. Ela se estende, na arquitetura e outras modalidades, mas vamos reduzir para não complicar. 
Antes de apresentar a lista de perguntas, vou apresentar uma lista de informações que também vão servir de base para avaliação. Segue aqui abaixo:

1) A profissão de artista plástico, desde que surgiu é a única que não oferece retorno financeiro imediato. Oferece promessa de enriquecimento mas não tem um método real e objetivo que se possa seguir para conseguir. Lendo a vida dos artistas plásticos que ficaram famosos logo se chega a esta conclusão. É diferente de toda profissão, que tem teto salarial, dentro de uma tabela variável, entre o menor, médio e alto salário. Não vamos nos estender, mas medite nisto. 

2) Existem dois tipos de pessoas, as que entendem de arte e as que não entendem de arte. 

3) Entre as que entendem de arte, podemos citar em escala decrescente:

A) Artistas.
B) Colecionadores de arte que entendem realmente a linguagem dos artistas expressas em suas obras de arte. Eles são capazes de ter uma leitura imediata, clara e objetiva.
C) Críticos de arte.
D) Donos de Galerias, (já profissionais).
E) Professores de arte, que não são artistas mas estudaram sobre o assunto, baseado em livros, oficinas e informações universitárias sobre história da arte.
F) Profissionais do desenho e da pintura, que utilizam as técnicas para trabalhos gráficos, de comunicação em geral. 
G) Colecionadores de arte que compram para investimento financeiro, geralmente orientados por algum entendido no assunto.
H) Donos de loja de decoração, frequentemente guiados pelo estilo de época, ou os interesses de sua clientela.
I)Público em geral que compra arte para decoração.
J) Na base desta pirâmide, temos a população como um todo, que tem gostos diferentes porém baseados na simpatia que sentem por algum estilo de arte, mesmo sem saber de fato o que significam. Suas avaliações são simplórias recaindo em, bonito, feio, bem feito, mal feito, alegre, triste, berrante, calmante, moralizante, imoral, esquisito, diferente, difícil, fácil de fazer e etc. Aos poucos a população vai aceitando e absorvendo as artes que vão aparecendo, de tanto que passam a se deparar com as novidades, acabam aceitando.

4) Pessoas que não entendem sobre obras de arte:
Todos nós podemos passar por momentos de confusão diante um estilo novo de arte que surge de repente. Mas verdadeiros artistas, sabendo disto, preferem observar e meditar sobre, antes de se manifestar a respeito. Podemos ser enganados pela mente, diante do que se vê e se sente e pré conceituar ou melhor, preconceituar. Situações assim, acontecem ao longo da história das artes e muitas ficaram famosas. Como exemplo numa exposição de
Touluse Lautrec, antes de se tornar famoso, no dia da inauguração da exposição, uma dama acompanhada pelo esposo, acostumada a frequentar salões de arte e obviamente a convite do dono da galeria, pareceu não aprovar a arte de Lautrec e de repente criticou em público um de seus quadros afirmando que tal obra era infame, pois a figura, que era um retrato de mulher semi vestida, com roupas de baixo (encobrindo grande parte de seu corpo),  ajeitava a meia. A dama disse ao pintor palavras rudes de desaprovação, afirmando que aquilo era um atentado sobre a moral e bons costumes,  pois a jovem estava se despindo. Lautrec no entanto respondeu que ela estava equivocada, pois a moça estava se vestindo e não se despindo. A seguir pediu que ela se retirasse de sua exposição e que não olhasse mais o seu quadro. Pobre mulher que nem suspeitava que Lautrec não demoraria seria considerado um dos gênios da arte de seu tempo. Se ela não fosse preconceituosa e prestasse mais atenção aos importantes elementos das pinturas, poderia ter comprado um quadro dele por um preço ainda  considerado muito baixo no mercado de arte.  

Agora vamos a lista de perguntas e respostas que não querem se calar. Se prepare para se espantar, talvez se chatear, mas espero, parar de se iludir e se atualizar.

1) Todo artista precisa saber desenhar e pintar corretamente, ou seja suas formas e perspectivas precisam ser perfeitas para que sua obra seja considerada uma obra de arte?

Resposta: Sim e não. Para alguns artistas isto é irrelevante. Em nosso país, Brasil, temos muitos artistas famosos, consagrados, que são mestres do "Primitivismo", como Heitor dos Prazeres, Mestre Vitalino entre outros. Já para outros artistas, o aprofundamento faz parte das características artísticas de sua arte, já que sem alguns conhecimentos não poderia expressar aquilo que deseja revelar ao público. 

2) Todo excelente desenhista ou pintor, é de fato um artista plástico?
Resposta: Não. Muitos excelentes desenhistas ou pintores são na verdade apenas aprimorados conhecedores de técnicas. Quando são pessoas realistas, sabem disso e encaram com naturalidade. A maioria tem facilidade para se empregar na publicidade, onde aceitam todo tipo de encomenda. Eles não tem relutância em realizar o que se pede, desde que dominem bem a técnica. Alguns são capazes de aprender estilos de pintura para melhorar a profissão. Para garantir parte do sucesso das melhores agências de publicidade, além dos copistas, arte finalistas, diagramadores e coloristas as agências contratam um criador, que vai trabalhar mentalmente uma ideia e passar aos membros da equipe o que eles irão desenhar. Os criadores precisam ter uma sensibilidade maior e alguns são considerados artistas. 

3) Todo criador de arte é um artista?
Resposta: Sim. 

4) Todo artista plástico, é um criador?
Resposta: Não exatamente. Mas, para ser considerado artista ele deverá desenvolver ao menos estilo próprio. Enquanto isso não acontece, a pessoa é considerada, ou vista pelos artistas como um discípulo ou aspirante.
As vezes aparecem quadros magníficos de pintores, tão parecidos com os quadros de artistas famosos que chegam a enganar o espectador. Mas logo se reconhece o discípulo pela sua assinatura real. Há casos também de denúncia de obras de arte falsas sendo vendidas no mercado de arte. Elas são estudadas em laboratório para comprovar sua autenticidade. 

5) Toda obra de arte é difícil de ser imitada? Ou, uma obra de arte fácil de fazer é mesmo uma obra de arte?
Resposta: Esta é a dúvida mais frequente. Mas a resposta é simples. As obras de arte aparentemente fáceis de fazer, foram muito difíceis de serem concebidas pelos criadores. Do mesmo modo que alguém pode dominar uma técnica muito difícil e nem por isso ser mesmo um artista, este processo pode se dar ao contrário. Uma criança talvez seja capaz de fazer uma técnica fácil de arte moderna numa sala de aula, mas vem a pergunta. Será que ela sabe o que está fazendo, ou será que está apenas repetindo os movimentos e ensinamentos que recebeu? Explicando por outra vertente. Uma criança que aprende a fazer uma pipa e depois aprende a empina-la, sabe de fato o que é aerodinâmica?  
Pois bem, a simplicidade de uma expressão artística conquistada pelo gênio humano, pode vir a representar grandes conhecimentos adquiridos pela aquela escola tal de arte que surgiu em dado momento histórico. 

6) Sexta e última pergunta (até então) e resposta, que não quer calar: As artes reproduzidas em série são mesmo obras autênticas? 
Resposta: Isto faz parte do processo de criação e ao que a obra se destina. Existe a obra única, concebida para ser única e original, assinada pelo artista ou carregada de todas as suas características, capaz de identificá-lo. Artistas de hoje e do passado distante, criam obras de arte para reprodução. Ao longo dos séculos os meios de reprodução foram desenvolvidos em cerâmica, porcelana, gravuras de madeira, pedra e metal, conhecidas por xilogravura, água forte, água tinta, ponta seca, litogravura, etc e adentrou no século vinte, especialmente reflorescendo na Pop Art com outros tipos de reprodução. Isto não acaba nunca, a cada modelo novo de impressão que facilita e abre horizontes para o olhar artístico. Contudo é um assunto tão extenso e interessante que daria para escrever um livro e eu acredito que já tomei muito da sua atenção aqui neste blog. 

Se este assunto parece útil, compartilhe.
Agradeço sua visita ao blog!



Sorvete
Pixels  2022 


10 de jan. de 2022

Pixels

 


Nankin, Xerox e Pixels. 2021 - Vídeo 

"Agora os tempos eram de muita novidade e renovação,  liberdade para desenvolver técnicas do passado e presente sempre de olho no futuro, misturas e experimentação." É assim a descrição do vídeo " Nos Anos 70 De Contracultura - Pop Art", que postei esta semana no YouTube e vc poderá assistir clicando na imagem acima. 
Para entender este post vc terá que ajudar interagindo um pouco, evitando que eu escreva um texto enorme com coisas que já foram ditas no blog. Rolando o blog, vc vai encontrar esta imagem atualmente recriada em "pixels" e vai entender todo o sentido da coisa. 
Não existe atualmente em literatura muita informação precisa sobre a Contracultura que floresceu  na década de 70 em vários sentidos os quais ela influenciou profundamente. Encontrar material de estudo é difícil até mesmo para quem procura fazer teses universitárias sobre este movimento histórico. Não pretendo aqui estender o assunto explicando os motivos disto, mas se vc é um interessado em arte desta época, vai se valer do depoimento dos artistas que viveram o momento ativamente, já que ainda não existem dados completos para estudos didáticos e literários. Posso adiantar que nos anos 70 e a partir, nós os jovens artistas estávamos completamente empenhados em reestudar toda a história das artes dos séculos anteriores e fazer reeleituras dos novos movimentos gerados no século vinte, unindo técnicas, misturando elementos.
A nossa paixão era intensa, voltada para a conquista do novo, conforme explico no post abaixo que será de grande ajuda vc ler também.
Nossa incessante busca, não era estimulada por promessas econômicas, típicas das carreiras promissoras. Desde o passado distante até o hoje e o agora, o mercado de artes plásticas mundial, não se parece em nada com as outras profissões, que garantem sustento e enriquecimento. O destino de um artista plástico é sempre incerto e o que move o indivíduo a continuar, tem que ser maior que as necessidades vitais ou as ilusões passageiras, de fama do ego.
Além da minha produção artística pessoal, muitas outras realizações, estudos, técnicas e experimentos desta época, que não aparecem no meu blog, será possível ser encontrada em arquivos iconográficos de bibliotecas ou blogs e sites oficiais dos próprios artistas. O ditado popular diz o seguinte: 
“Uma imagem vale mais que mil palavras”. É uma expressão popular de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens.
Porém, assim como as interpretações das palavras podem ser distorcidas, pode acontecer também de uma imagem não ser interpretada corretamente. Aliás este fato é muito comum, ocorre e já ocorreu inúmeras vezes na história das artes. Por isso, as vezes apenas mostro as obras de arte aqui no blog, mas subitamente resolvo escrever na tentativa de deixar claro o que se vê.
Mas sobre "Pixels, que é título do blog? Aonde ele aparece na história desta safra de artistas? 
Ele aparece no resultado de nossas pesquisas ópticas e pictóricas comprovadas nos espaços virtuais. A extensão do estudo da cor e da forma que a anos já estimulava toda uma geração científica. O surgimento do pixels foi a resposta aos anseios dos artistas criadores, observadores e responsáveis pelos conceitos atribuídos a imagem. A palavra pixel é uma combinação dos termos “picture” e “element”. Ou seja, “elemento de imagem”. É a menor unidade de uma imagem digital, independente de sua fonte. Baseado nas cores primárias, cor luz, com o desenvolvimento da informática finalmente chegamos ao tão esperado e celebrado novo. Trabalhar com cor luz, desenvolver o 3D e mais uma infinidade de possibilidades. Apesar destes estudos não serem para os leigos, servem também para o seu desfrute. Toda o conhecimento estudado, desenvolvido e aprimorado de todos os séculos, desde os primórdios, pesam como o legado, a herança usada na prática simples do cotidiano das populações. Gosto de falar de tudo isso com muita reverência e relevância. Nada do que construímos foi fácil de se conseguir. Para o espectador e usuário atual, tudo é tão rápido e fácil que parece mágica, ou uma criação divina assim como um fruto, uma flor, um sol nascendo ou descendo no poente. Sim, é divino, mas também é o divino se manifestando em união aos seus filhos, homens de boa vontade, amor, coragem, fé, inspirados e dedicados. 
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