25 de jan. de 2024

VALORES ICONOGRÁFICOS INCONTESTÁVEIS

 2024


Antes de se julgar o artista ou sua obra, o público deve "aprender" a levar em conta o momento histórico que a obra foi realizada. Entre muitos valores importantes para se "meditar" uma obra de arte, talvez este seja um dos primeiros a se observar. Desde que a arte apareceu no planeta, ela cumpre dois seguimentos paralelos importantes e geralmente é o artista quem vai trabalhar isso. A arte poderá ser apenas iconográfica e registrar, como um retrato social, as atividades sociais. Na arte rupestre, trabalhada nas cavernas, feitas pelos artistas primitivos, para nós, o público, ela descreve a vida do cotidiano. Eles deixaram o registro das caçadas, dos combates entre os indivíduos, dos primeiros rituais. Um olhar mais apurado de peritos, observará mais valores expressos contidos nos achados rupestres. Mais adiante, no outro seguimento, a arte se revela estética. A ocupação maior é desenvolver no indivíduo o sentido de harmonia e padronização. Esta arte é quase sempre coletivizada, desenvolvida pela maioria das pessoas orientadas por um criador responsável nas tribos. Esta pessoa se destaca entre a população por claramente possuir um senso mais evoluído que aponta a harmonização de cores e formas, que geram a compreensão da beleza e os seus significados. Por isso o cocar dos Chefes é mais vistoso que os cocares dos outros e devido estas práticas estéticas se torna possível estabelecer uma linguagem, além da palavra. 

A prática estética é muito aplicada em festivais, festas comemorativas onde o povo se reúne para organizar festejos. No Brasil, é aplicada com muita responsabilidade e primor nos barracões de Escolas de Samba.

Os dois padrões não definem o que é certo ou errado, apenas carregam qualquer tipo de qualidade ou qualificação que se pretende apontar. 

Se o artista estiver retratando, quanto mais realista for, melhor será o retrato em termos ICONOGRÁFICOS documentais. Se o artista estiver criando, quanto mais esteticista for, melhor irá representar os atributos naturais visíveis ou sutis que se possa perceber, para projetar uma sensação e interpretação no observador. Para isso é preciso usar os elementos indicadores de época ou aqueles mais universais e realistas, entendidos pela maioria das pessoas não importando o tempo. Como a arte está em mutações constantes, a vertente estética produz padrões diferenciados, mas em qualquer caso tem que se guiar sempre por equilíbrio entre os elementos dentro da imagem.

 

Sempre que me deparo com a aguada abaixo, sinto uma dúvida: Será que o público vai entender que a criação é apenas uma representação iconográfica ou vão pensar que a artista é a favor das antigas práticas circenses, que usavam animais em espetáculos? Fiz esta imagem por volta dos meus dezesseis anos (por aí), treinando aquarela, que nem sabia ainda dominar. A bailarina representa a pureza da juventude e o elefantinho o amigo inteligente e bem treinado, ambos determinados a dar um belo espetáculo e arrancar aplausos eufóricos da platéia. No início da década de 70, um circo de cavalinhos, um grupo de focas amestradas  jogando bolas num picadeiro, provocaria estes sentimentos de alegria em toda a população infantil, juvenil e adulta mundial. Isto era certo e bastava para esgotar as bilheterias. Porém, nos anos 80 eu já não compartilhava desta visão e sentimento. Ao contrário, comecei a ver a exploração que havia por trás destes investimentos, embora saiba que em alguns casos raros e especiais exista sim uma parceria sincera e espontânea entre bichos humanos e de outras espécies. Em resumo, aos poucos fui me tornando uma ambientalista e hoje mantenho esta imagem como registro da minha evolução nas artes e como um documento ICONOGRÁFICO de época.  


A Bailarina

Aguada s/papel - Década de 70.

Expressionismo



Estamos em 2024 e guardada com muito zelo mantenho esta imagem original que talvez hoje tenha uns 52 anos, por aí. Ainda não datava as imagens e nem havia elaborado uma assinatura para usar de forma permanente. Durante muitos anos, remexendo os guardados e reencontrando o passado, me vi tentada a destruir a Bailarina. Sim, este é o nome, "A Bailarina". Mas o destino preservou a pintura e agora surgiu com o blog, a oportunidade de falar sobre este assunto. Isto se faz importante, quando encontramos este tipo de discussão sendo acirrado em redes sociais, quando artistas esteticistas são acusados injustamente de racistas e outras acusações, quando algumas pessoas não entendem os conteúdos das obra e preferem julgar os artistas. Já pensou se as pessoas se deparassem com as obras de Debret e o julgassem como "escravagista"?


O mesmo espero deixar claro desde já, quando atualmente faço arte reutilizando materiais descartáveis industriais. Falo deste tema no post abaixo, na matéria "O Novo Neoconcreto". Talvez algumas pessoas estejam inclinadas a pensar que sou extremamente favorável a perpetuar a sociedade de consumo, mas ao contrário não sou atualmente, nem contra nem a favor. Atualmente sou a favor de uma produção e produtividade mundial equilibrada, que espontaneamente saiba refrear os exageros e dar real e bom emprego aos elementos. Nos anos anteriores me envolvi bastante com as possibilidades de se criar sociedades alternativas, contudo não se pode descartar a produção coletiva efetiva sem gerar sérios desconfortos. O ideal é aliar um modelo ao outro e "manter o trabalho que desenvolve e o consumo auto renovável que abastece sem esgotar a natureza". No futuro, quando a "Era do Petróleo", já aparecer nos livros de história geral, descrita como um período desgastador, superado e finalizado, a maioria destes produtos industriais descartáveis que reutilizo nas minhas obras de arte, nunca mais serão encontrados aos montes nos lixões. Alguns estarão ainda nos brechós, outros expostos em museus ou nas prateleiras de colecionadores. Enfim, alguns elementos e objetos estarão integrados em esculturas e demais peças artísticas. Espero fazer parte destes expositores. 

TuliA


CONSULTE:


"Jean-Baptiste Debret - Escravidão no Brasil - Disciplina - História"

 http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=56&evento=1/

Visite


"Museu de Brasília | Material iconográfico - Envio de materiais - Brasília"

 http://www.museuvirtualbrasil.com.br/museu_brasilia/modules/news3/article.php?storyid=61

Visite

A Obra de Arte e Sua Leitura no Século Vinte e Um. 


Até poucos anos atrás a arte vivia atrelada aos interesses dos produtores investidores, que podiam contratar artistas, na maioria das vezes também ajudando na formação profissional dos estudantes de arte dentro das oficinas. Era difícil conseguir ganhar o pão, caso o artista fosse por demais independente e seguir somente sua inspiração, mas muitos conseguiam se sobressair apesar das grandes dificuldades. No entanto isto nem sempre foi assim. De civilização em civilização vemos claramente os momentos de liberdade e os momentos de subjugação das artes e dos próprios artistas. Depois do século dezenove, novamente a arte rompe seus grilhões após um longo período de acomodação aceitando os valores sociais, mas que também serviu de aprimoramento para muitos artistas dos períodos neoclássicos e impressionistas. Em dado momento na entrada do século vinte, artistas inovadores trazendo novas concepções, espanaram o marasmo dos conservadores e guardiões das academias e trataram de fazer o que tem que ser feito, demostrando, evoluindo e compartilhando para ajudar a humanidade expandir a consciência. Sempre que acontece, surge também um pessoal com certa dificuldade de acompanhar o processo evolutivo e não raro, repetem os mesmos velhos erros de avaliação. Isto é comum, porém também faz parte combater tal tendência e colocar os "bondes nos trilhos", para evitar desastres. 


Quando Picasso pintou Guernica, conta-se que um oficial da SS lhe perguntou, apontando para a pintura "Foi o senhor que fez isso?". Picasso respondeu: "Não, o senhor".



"1937: Bombardeio de Guernica – DW – 26/04/2019"

 https://www.dw.com/pt-br/1937-bombardeio-de-guernica/a-800994

 Visite


COMENTÁRIO:


"Não se pode provar mas não é raro que em muitas críticas feitas a artistas ou suas obras, encontramos embutido as sementes venenosas dos críticos, nos próprios críticos. Até mesmo alguns intelectuais, críticos de arte e pessoas ilustres, foram infelizes em seus julgamentos diante das obras inovadoras e isto vem continuamente ocorrendo ao longo da história das artes. É uma lição de vida tão repetida e tanta gente ainda cai nessa." Impressionante!!


3 de jan. de 2024

O Novo Neoconcreto

 















Cortinado e Janela Ao Luar

Autor: TuliA
Construtivismo Neoconcreto
Fase: Objetos Leves
Isopor, guache e papelão s/ papelão
Ano: 2023

Foto: F. Nhiefson


Quero inaugurar o ano de 2024 revelando a fase que tenho trabalhado nestes últimos tempos, a qual tomo a liberdade de apelidar de Novo Neoconcreto. Esta inspiração pessoal e mundial começou totalmente voltada aos movimentos ecológicos do século vinte, enfatizando a reciclagem e o reaproveitamento de materiais descartáveis em termos práticos, mas teoricamente sua base repousa nos princípios concretistas e neoconcretistas dos meados do século, cuja as bases repousam nos movimentos de vanguarda de Marcel Duchamp, Jackson Pollock, Piet Mondrian e outros, no início do século, sem as quais não seria jamais, possível realizar atualmente esta etapa ótica e pictórica. A nova fase, incorpora todas as demais escolas e estilos de arte já concebidos, passando pela Trash ART, quando os seus precursores expuseram as primeiras esculturas de sucatas e as telas carregadas de misturas de materiais, passando pela arte digital e como num ciclo, retorna ao aspecto físico e metafísico das coisas. Como resultado destas vertentes fluindo na mesma época, a fase realiza um Objeto contemporâneo típico do momento histórico que incorpora formato, elemento, idealismo ecológico ambiental e beleza; são os quatro aspectos que considero básicos desta fase. É um Objeto realista, assim como uma escultura em mármore, bronze ou madeira, tira proveito essencial e estético do próprio elemento de onde foi gerada e daí manifesta a sua ideia e beleza; também a matéria reciclável emana sua linguagem própria e eu vejo nesta estética um toque claramente contemporâneo de ares futuristas sonhadores. A liberdade de novas expressões, para se usar um pouco de tudo, é o quinto aspecto capaz de transportar no Objeto o valor óptico de qualquer tempo e ao mesmo tempo, gerar no espectador uma percepção de subjetiva atemporalidade.

No novo Neoconcreto a arte se mantém viva e eterna na sua Torre de Cristal e se faz realizando, naturalmente sem julgamentos e antagonismos a arte pela arte. Nela está contido o todo e todas as teorias que já se antagonizaram para finalmente se fundirem e harmonizarem. Tem como enfoque principal o elemento, visto e observado nas suas atuais e constantes transformações posteriores. Daí, ser uma arte que não se congela no seu período histórico e pode até dispensar as restaurações. Sobre isso, em seu favor, formato e concepção, ela surge numa época cheia de técnicas de documentação iconográfica, próprias para registrar em fotos, slides, arquivos digitais, vídeos e demais sistemas futuristas, a realidade da trajetória de tais obras virtuando desde suas origens, suas transições, até gloriosamente suas desintegrações, sempre belíssimas. O ideal seria no futuro realizar a manutenção das restaurações apenas nos desgastes das infraestruturas destas obras. Colar algum item que se desprendeu, evitar acúmulos de poeiras que possam manchar, ou temperaturas que deformem. Mesmo que a obra receba um tratamento de limpeza mais profundo, o olhar do perito restaurador deve ser de fato capaz de perceber e identificar quando a intenção da obra é demonstrar o envelhecimento gradativo propositadamente e também vale respeitar as alterações cromáticas que venham expressar a vida em seu real movimento, como o desbotamento das tintas, o amarelecimento de alguns papéis em certas áreas, cuja a intenção do autor é promover a demonstração destas possíveis transformações. 


Natureza e Natureza Artificial do Neoconcreto Contemporâneo.














O Sem Título

Autor: TuliA
Abstrato Gestual Neoconcreto
Fase: Objetos Leves
Isopor, guache e papelão s/ papelão
Ano: 2023

Foto: F. Nhiefson


Natureza e natureza artificial, também é um atributo do novo Neoconcreto, mas que eu vou preferir tratar daqui em diante apenas como o Neoconcreto atual, no seu seguimento do século vinte e um, onde ele funde os dois conceitos filosóficos da criação, a Natura e os frutos da criatividade humana para gerar uma obra de arte. Esta obra, por ser uma peça artística carrega em si a utilidade subjetiva própria da arte de preservar a memória humana, para ser contemplada e observada, mas valoriza também sobretudo a importância da história da vida natural. De modo geral, é quase impossível observar uma peça de arte sem levar em consideração sua trajetória histórica, origem e período no qual foi realizada. 
Nesta arte no entanto não estamos valorizando apenas a evolução do pensamento humano ou como o ser humano se comporta na natureza, embora não se possa eliminar isso, porém se torna evidente que os recursos utilizados não servem mais apenas de suporte para a criação. Na verdade são eles os homenageados nas composições. Se atualmente, qualquer artista de vanguarda fosse expor sua famosa "Tela Em Branco", apontando e demonstrando ao público, sua total consciência sobre a concepção do Objeto em si como obra de arte, hoje ela teria um título diferente. O artista citaria o nome do material desta tela. Talvez fosse, Tela Em Branco de Cânhamo, de Linho ou etc... Teoricamente, estamos a um passo do sonho quase utópico dos artistas se tornar realidade na mentalidade dos seres humanos leigos começarem a ver e interagir igual. Incentivados pelas artes e pelas urgentes necessidades sociais de rever comportamentos e seus conceitos ecológicos em favor da própria existência plena de vida saudável, o público atual, por um fator óbvio de sobrevivência da humanidade já sabe que é preciso encarar sem fantasia e alienação a natureza dos objetos que ela utiliza no seu cotidiano. Começa a aceitar a durabilidade do vidro, do plástico, das ligas metálicas e para qual objetivo cada um desses inventos devem ser utilizados de maneira correta. Já é possível entender estas questões simples e descartar as práticas dos desperdícios, ao invés de descartar toneladas de materiais em lixões públicos, tornando os objetos improdutivos e as matérias poluidoras do meio ambiente. É neste ponto que o atual Neoconcretismo amadurecido entrega ao observador experiente o produto artístico do nosso momento. Pois se não poderemos juntar e guardar todos os adventos culturais, para preservá-los, sem com isso transformar o mundo inteiro num grande museu histórico de inventos e experimentos e também não será possível deter a correnteza de criatividade sempre se expandindo década após década, a própria arte ao lado das outras ciências em evolução, cumpre os desígnios documentais, sintetizando em cada estilo e age como extensão da "Natura", tão bem, protetora e providente quanto a "Natureza" constrói sítios arqueológicos e preserva as histórias das civilizações. 

Aproveito para indicar os links abaixo, cujos textos são bastante relevantes: 
 

Ver: 
"A obra de arte como objeto comum"

"Isso eu também faço!"

"Forma de arte que transformava o corpo humano em uma “obra viva”
"Body Art - Artes Enem | Educa Mais Brasil"

TuliA

RJ 2024       

Conheça nossos vídeos de arte no YouTube:

Playlist: "Teatro  Exposição"

Ou visite nosso blog: 

""O CONTO NO SLIDE""


   


28 de ago. de 2023

Inteligência Artificial Para Artistas e Publicitários. Será Que Interessa?

 Para quem não me conhece, sou artista plástica já faz longo tempo. No início do blog estão à mostra várias imagens de obras de arte que criei muito antes da chegada dos computadores aparecerem em público. No seguimento, como surgiram os programas e geradores de imagens também desenvolvi as minhas fases de artes digitais. No momento a novidade, gira em torno da Inteligência Artificial capaz de realizar com perfeição a imagem digital. Criticada por alguns enquanto é valorizada por outros, eu me coloco totalmente a favor desta nova ferramenta, o problema é que as empresas que oferecem estas ferramentas ainda não deixam claro em seus contratos de uso, o que se pode fazer com elas, como profissional tanto da publicidade ou das artes. 

Enquanto isto não fica esclarecido, prefiro fazer minhas imagens digitais sem a ajuda, das tais Assistentes. No meu blog de "contracultura" tVMontage, fiz um post exclusivo sobre o tema, onde mostro o meu primeiro contato com uma incrível Inteligência Artificial. Logo a seguir, durante uns dias passei alguns momentos observando sua validade para ser usada como Assistente de Artes Plásticas. Ela me entregou em segundos algumas imagens interessantes e muitas outras que precisei trabalhar mais, até conseguir o que de fato queria que ela reproduzisse. Estás imagens, estão todas guardadas a espera de algum dia finalmente poderem ser usadas sem o crivo das tais polêmicas sociais. Este primeiro contato foi realmente bastante interessante e diferente das observações descritas, da maioria dos usuários que procuram conhecer e avaliar os sistemas; me inspirou a escrever uma poesia, e na sequência estabelecer um método divertido de comunicação com a Inteligência. Isto aconteceu por eu já estar acostumada a conversar com as Inteligências Artificiais de texto. Neste caso, melhor que explicar será mostrar, então clique abaixo na imagem, assinada por ela e tire suas próprias conclusões.



28 de nov. de 2022

NóS e A ContrAculturA

 Não adianta ocultar, fingir que não vê ou atribuir louvores a outros autores. Justiça seja feita e verdade seja dita a ContrAculturA está mais viva do que nunca na Word Wild Web, ou seja na Internet, perdendo apenas em estilo para o surgimento do 3 D, o grande lance, o tal "novo" tão esperado e anunciado pelos artistas plásticos dos anos 60, 70 e 80. A ContrAculturA atualmente, é a "coqueluche" da decoração do Ciberspaço ao menos na última década e ganhou adesão até mesmo das grandes mídias, "pegando pesado" nos comerciais. Se você é interessado em arte contemporânea e acompanha o movimento, certamente não deve estranhar estas informações. Mas se você pensa que está vendo coisas novas na Internet, coisas que não existiam antes, saiba que está redondamente enganado. Vamos então "de brincadeira" fazer aqui um teste. Observe atentamente a obra de arte a seguir: 


Bela não é mesmo? Não,  esta imagem não é de minha autoria. E a maioria das pessoas que não a conhecem vão naturalmente imaginar, se tratar apenas de mais uma imagem digital de última geração, que usa stickers, carimbos ou colagens criadas num programa editor de imagem, afinal ela é tão atual. Mas, em verdade esta obra de arte, é uma autêntica litogravura, que foi criada há 50 anos atrás, por  Peter Phillips, um dos artistas que fez parte do movimento da Pop ART, atualmente consagrado entre outros mundialmente famosos. Ele atualmente está com 83 anos e tem um site incrível: 

https://www.peterphillips.com

A página expõe uma coleção muito grande de obras do seu acervo pessoal e ele  montou também um lugar especial para visitação pública. Se você pretende viajar e aprecia artes plásticas esta é uma grande oportunidade, tudo está bem explicado no site. 



Peter Phillips

Sem título

serigrafia, colagem

70 cm x 100,0 cm

1974

Impresso na Itália 


Logo os anos passaram, porém inspirados nos recortes e colagens da Pop ART, no seguir outros artistas deram vazão as suas criações, com aqueles mesmos toques de irreverência próprios das técnicas e estilo, pois filha legítima da Contracultura, a Pop ART já nasce como meio  revolucionário adequado, deixando marcas importantes por onde passa e por onde passa tudo gira em transformação até chegar finalmente a harmonia. Nos links abaixo você poderá se informar um pouco mais sobre: 


*Stickers e Outros*


"Mais que um Sticker. Uma expressão urbana – Beta Redação"

http://www.betaredacao.com.br/mais-que-um-sticker-uma-expressao-urbana/amp/


"Emoji faz 36 anos; conheça a evolução das 'carinhas' na Internet | Internet | TechTudo"

 


E se você gosta de ContrAculturA, conheça o meu blog http://tvmontage.blogspot.com.br .


10 de mai. de 2022

A Arte E As Grandes Massas

 


Quadro Atual 

Pixels - 2022


"Com o grande sucesso da Internet, timidamente aos poucos finalmente o povo migra da realidade física para a sua extensão na realidade virtual. A seguir, em apenas uma década depois, o ambiente novo muda e passa a refletir os mesmos antigos comportamentos e anseios típicos da sociedade, que "pareciam velados" e agora ficam mais visíveis e palpáveis." 

Na vida coletiva e social de hoje, é difícil falar de qualquer coisa que não esteja associada à economia. De uma forma ou de outra, mesmo que o assunto não aponte diretamente para a realidade econômica que o cerca, a situação estará inserida no contexto e muitas vezes será o gatilho que moverá as pautas da humanidade. Nessa interligação, quase um capricho da natureza operada pela roda da fortuna, regendo nossos destinos, a arte a que me refiro é aquela que é capaz de tomar e elevar o indivíduo, ou que faz as pessoas pararem para pensar diferente sobre a vida. A ferramenta capaz de causar polêmica ou apenas expressar as novas diretrizes de implementação. Ao mesmo tempo paralelamente, arte e economia flutuam sob e acima de toda a opressão atual e evolução social e parece que os outros meios, educação, saúde, trabalho, ciência, filosofia, humanidades, política, religião, leis e tudo mais que sustenta a vida , se dissolvem em trechos, cenas de um filme. A arte é sempre um reflexo do nosso estado de espírito. A arte pura que exalta a consciência não é muito comum nas redes sociais e seus artistas dificilmente "viralizam", segundo a linguagem do meu país de origem, o Brasil. Mas isso também é possível e raro. Nesse caso, fica mais fácil para o público acompanhar as notícias de quem já foi reconhecido, morto ou vivo, no mundo todo ou em seu próprio país. São os consagrados famosos, motivo de orgulho em qualquer nação. A maioria das personalidades que foram polêmicas em sua época ou até mesmo pouco conhecidas, mas que no seguir vão servir de modelos. Na verdade, sobre evolução das mentalidades das grandes massas, as coisas não mudaram em nada desde as últimas cinco décadas. Nesse sentido e nessas questões do pensamento, embrulhadas nas novas linguagens das tecnologias aumentaram as opções de escolha apenas aparentemente. No geral continuam atraídos pelas oportunidades de crescimento individual, mas no coletivo dos internautas, as novas ferramentas ainda tendem a fortalecer e valorizar as tendências massivas, dos estilos e produções mais populares possíveis. Esta é a geração que mais exalta e nivela por baixo a qualidade da vida humana no planeta nas últimas doze décadas. Após 120 anos de resistência, lutas sociais de vanguarda para garantir as liberdades elevadas da consciência humana, conquistadas gerando o legado da riqueza coletiva, começam a desmoronar e algo estranho acontece em nossas populações, a começar pelo gosto popular escarnecedor que busca ofuscar e humilhar as inteligências que vem a seu favor. As ferramentas não ajudam a envolver a população num ambiente mais promissor e reflexivo capaz de elevar o espírito e seu gosto cultural e a partir disso,  naturalmente também resolver seus problemas financeiros. Repetem velhas fórmulas de alienação. Assim como os museus, os teatros e os centros culturais estão diariamente abertos, para visitação pública, a maioria grátis, mas somente um público exclusivo costuma frequentar. A maioria da população passa pela porta e não entra. Algumas exposições de artes plásticas, trazendo artistas famosos internacionais, atraem a população, de vez em quando e para gerar este fenômeno, investem nos eventos fazendo propagandas em rádio e televisão. Os anúncios das bienais de livros e mostras coletivas de arte, também são divulgados com menos empenho, daí merecem pouca atenção. Dentro das redes sociais existem páginas e canais de vídeos, com seus públicos frequentadores, porém apesar da frequência nem eles, na maioria,  conseguem monetização, por não atingirem um grande e massivo público diariamente. Exatamente vivenciando, envolvida no meio disso e por isso posso até me considerar uma autora de sucesso dentro dos "meus limites" impostos dentro das redes sociais de vídeos de curtas. Porque meu público é restrito, mas diversificado, pequeno, mas sincero e apreciativo. O mais surpreendente é que as pessoas vêm de diferentes círculos culturais, credos e estratos sociais. E como eu sei disso? Eu visito suas galerias de vídeos. Alguns também postam e os outros sempre carregam playlists, então é fácil ver o que eles dão mais importância. Pode-se dizer que é um público popular raro, que gosta de variar o cardápio, mas eu mesmo que considero minha arte rara e também diversificada às vezes me questiono o motivo de estar ali.  Produzo essa arte polêmica e estigmatizada, arte contemplativa intelectual, ou arte "refinada", para alguns, "arte estúpida" para os leigos e conservadores. Chamo de arte negociável, diferente de comercial, pois, em caso de sucesso, por ser negociável, não falta quem a patrocine, mesmo que seja algo especial. A princípio voltada para públicos-alvo específicos ou seletivos, mais tarde quando uma dessas obras se torna famosa enquadra-se bem no perfil coletivo que aceita a premissa: "Todo mundo tem um pouco de médico e de louco". Como forma de buscar o conhecimento geral para se manter atualizado, as pessoas espiam fora de suas caixas, absorvem docilmente algo (pra elas novo) considerado de alto valor cultural, da mesma forma que às vezes se dão ao luxo de comer em um restaurante mais caro e se preparar para saborear um novo prato recomendado pelos amantes da "boa comida". Depois de provar as iguarias, não falta julgamento da "grita popular" dividido em aplausos de aprovação ao lado de quem faz cara feia, mas que aceita por ser nutritivo e também dos enjoados que desprezam os refinamentos do paladar. É assim que eles fazem com certas artes interessantes, que chamam a atenção de autoridades, mas no resto do mês, sem mais estímulos, todos voltam a mergulhar no cotidiano de suas preferências. Enquanto isso, artistas como eu, criadores de conteúdos extraordinários ao gosto comum, estacionamos nossas pequenas ilhas de sonhos nas plataformas, cada uma carregando seus ideais diferentes e o que me move a usar esse tipo de suporte é o desafio de desenvolver em segundos e minutos apertados, profundos e longos, ideias duradouras, coletadas alí. Até que outras plataformas me atraiam ou o meu interesse se esvazie. Achei que o minuto pode ser muito mais trabalhado e devemos aproveitar essa recente tendência das grandes massas que aderem febrilmente à moda dos shorts explodindo em 2021 e 2022. Tomara que a tendência dure muito, o período de pico já pode estar se aproximando mas espero que esteja longe. Há dez anos eu comecei no YouTube com vídeos curtos, eles mostravam segundos, os outros criadores trabalhavam os videoclipes por cinco a dez minutos e eu tinha pouquíssimas visualizações. Vídeos curtos não eram monetizados, considerados talvez pouco profissionais, mais usados em comerciais de TV ou pequenos trailers. Eu mesmo aproveitei a técnica para blogar, o que logo me atraiu já que os vídeos não tinham muita audiência. Mantive o canal mas preferi conhecer melhor outros ambientes virtuais. Alguns anos depois de repente tudo mudou, vendo outras plataformas fazendo sucesso com os insignificantes curtas, o YouTube também decidiu monetizá-los. Ocorreu-me que o crescente incentivo à criação de curtas, impulsionado por empreendimentos econômicos fáceis e lucrativos, despertou nova geração de usuários e a minha criatividade artística novamente acendeu a velha chama. Mas meus vídeos ainda são artísticos. Que bom que agora por este post você já sabe e se quer visitar minhas galerias terá ideia do que vai encontrar. A minha novidade atual é que resolvi migrar os vídeos que apresento nas plataformas para o ambiente artístico mais reservado do "O CONTO NO SLIDE". Este é o meu blog exclusivo de Vídeos de arte e experimental, que contém também uma pequena coleção RetRô de primeiros Gifs e estilos de Visuais Animados que fiz para aprender e me divertir. Alguns você até pode baixar donwload e guardar de "lembrança". Estou levando aos poucos o material para o blog, mas já está apresentável. Acesse clicando no título acima.


Por: TuliA

Documento 2022 -  bR  


13 de fev. de 2022

A Terapia das Artes

 

Quadros Na Parede 

Pixels 

2022


Ou, como é reconhecido atualmente, a "Arte Como Terapia", não vai tornar o apreciador de qualquer arte em artista mas vai promover uma grande paz de espírito e mais confiança em si. Sobre ser ou não um artista plástico, falo sobre isto no post abaixo: O que é Obra de Arte? Alguém pode me explicar?

Mas este post aqui e dedicado aos apreciadores, que tanto se identificam com arte, a ponto de pensar em exercitar também um pouco. Eu conheci pessoas que nunca pretenderam se tornar artistas famosos, não encararam suas habilidades como profissão porém fizeram belos quadros. Na minha casa existem alguns quadros belíssimos assim, que herdei dos familiares, amigos e parentes. Caso você seja inclinado a isto, ao meu ver, deve sim gastar horas do seu precioso tempo em algo que só vai favorecer. Vamos chamar isto de "Hobby" ou abrasileirando, "Passatempo", que segundo a Wikipédia é a denominação dada a uma atividade de entretenimento livre que o indivíduo desenvolve sozinho ou coletivamente, mas não deve ser confundido com jogo, que é uma diversão envolvendo regras e determinados objetivos. 


Desde o século dezenove, talvez antes, sábios ilustres estudaram a arte como terapia, o que acabou resultando em ciências comprovadas e deu surgimento a Arteterapia, no entanto aqui não vou me aprofundar tanto, pois não falo de um tratamento mas apenas de uma prática social que pode interessar, como um auto melhoramento. Tanto é que as escolas, já reconhecem que oferecer oficinas de arte, ajuda o desempenho dos alunos em outras disciplinas. 

Talvez alguém discorde de mim, quando digo que esta prática promove bem estar, alegando: "Ao contrário, os artistas as vezes ficam nervosos e muito sensíveis quando estão mergulhados em suas criações!" É uma verdade sim. No entanto a cabeça dos artistas funciona de um modo diferente, muito parecido com a de qualquer profissional quando se depara com problemas a resolver em sua profissão. 


Para saber qual arte se deve praticar como Hobby apenas se descobre testando. Se você iniciar um curso de desenho e pintura ou comprar materiais para iniciar sozinho, deve experimentar uma grande paz que logo te leva a concentração. Se você não sentir isto, apesar de entender tudo que é ensinado, continua agitado, significa que está no lugar errado. Saia fora imediatamente e procure outra arte, até encontrar o seu lugar. 

Minha vivência neste campo, é bastante substancial. Dei aulas de pintura e desenho para adolescentes dois anos, ajudando a montar uma oficina de artes no bairro do Catumbi nos finais dos anos 80. Morei 4 anos na rua principal do bairro, em um daqueles casarios que foram "tombados historicamente" pelo governo, precisamente na Rua do Catumbi. Certa vez, nós moradores, recebemos o convite do Presidente da Associação de Moradores para uma reunião que tratava da oferta de se montar uma Oficina De Arte local, dirigida pela criadora do projeto, Marisa Cortes, que tinha todos os subsídios garantidos pela Fundação Rio, aqui no RJ. O Presidente da Associação, infelizmente não lembro mais o nome, que era proprietário de alguns casarios desocupados, ofereceu um casario enorme para a oficina e cedeu outro para a fundação de uma biblioteca infanto juvenil, que também começou a funcionar com a ajuda voluntária do povo local, de entendidos no assunto. Eu fui a reunião, me simpatizei com a iniciativa, trabalhei um ano como voluntária e no ano seguinte resolveram me pagar mensalmente, inscrita na folha de pagamento da Fundação Rio como "Orientadora Técnica", já que eu era de fato artista plástica, mas não tinha licenciatura. 

Precisei elaborar um curso para apresentar aos alunos. Meu aluno mais novo tinha nove anos, o mais velho quinze. No ano seguinte ainda eram os mesmos e a turma aumentou, apareceu até gente de dezessete. O desempenho deles foi excelente e me deixou satisfeita e admirada. 

No fim de cada ano, havia o bazar da Oficina onde os alunos de cada Orientador, doava um trabalho para a venda. O dinheiro servia de "caixa de melhoramentos" e incentivo para alunos em negociar se quisessem se profissionalizar. As obras dos meus alunos não eram vendidas mas foram exibidas em painel e notei que o público elogiava a todos como verdadeiros artistas em exposição. Contudo, em ateliê eu conversava com a turma aberto e claramente sobre a situação. Quando perguntei, "Quem pretende seguir a carreira de artista?" A maioria respondeu, "Quero ser médico, ou professor, administrador, etc e etc". Eu desconfiava que havia dois alunos, que pareciam ter fortes tendências. Apesar desta consciência que adquiriram, continuavam frequentando e a cada dia se tornavam mais equilibrados. Quando chegaram ali nas primeiras aulas, tinham muitos preconceitos sobre arte e entornavam tinta na mesa toda hora, riam por qualquer bobagem, tudo típico da inquietude efervescente da juventude. Eu desenvolvi o método de realidade e técnicas que rompem com as "bobagens infanto juvenis" para uma liberdade juvenil mais inteligente, por que o adolescente gosta de verdade e ser tratado com respeito. Aliás, quem não gosta? Lá para o meio do curso eu já saia da sala para ir tomar café e conversar com amigos professores. Ficava bem uns dez minutos ou mais e quando voltava estavam todos em silêncio, concentrados. Caso algum material sujasse a mesa, imediatamente era limpo sem constrangimento, sem incomodar. Antes de abandonar ateliê, tudo ficava em ordem para o retorno. Eu não ensinei, só orientei algumas vezes, mas a mente deles percebia rápido como agir e isto ocorre naturalmente dado ao exercício artístico de se encontrar soluções. Sinceramente aprendi muito, observando estes admiradores das artes plásticas, mas que não eram artistas, ou ainda não se reconheciam assim. Mas um dia, no ano seguinte me apareceu em sala uma jovem de uns doze anos, super ativa e inteligente que falava muito. Dois meses se passaram e continuava tal qual chegou. Aprendia tudo com facilidade, era educada mas sua agitação era desconcertante. Um dia chamei a mãe dela, que trazia a mocinha para a aula e expliquei o seguinte: "Sua filha é um amor de pessoa, muito inteligente mas não está se adaptando a aula de artes plásticas. Vamos procurar outra arte pra ela desenvolver aqui na Oficina." A mãe concordou e no mesmo instante fomos visitar, de sala em sala, as outras atividades. Havia alí, aula de macramé, batik, pintura infantil, papel machê entre outras e subitamente ela escolheu tapeçaria. Interessante é que ela era a única mocinha da sala, algumas jovens adultas e a maioria das alunas eram mulheres, senhoras bem mais velhas, que por sinal tinham grande habilidade e criatividade. Elas não faziam apenas tapetes. Comprei de uma delas uma bolsa super colorida que usei durante anos. Daí passei a espionar minha ex discípula e sempre a encontrava totalmente mergulhada e quieta.


Tomara que este texto sirva para incentivar, no mais espero que funcione. E mesmo que não se torne um artista plástico famoso divirta-se, decore sua casa, dê de presente. Quem sabe gostem e vá parar na estante ou na parede.  



12 de fev. de 2022

Dadaísmo e Surrealismo



Enlevos Da Música
Pixels 2022


 Enquanto o Surrealismo leva à contemplação de realidades mais subjetivas, o Dadá propõe a observação crítica das contradições da vida terrena material, embora elabore para isso meios imaginários claros de absurdos reais. Ambos os estilos fazem pensar ou perceber. E ambos, surgidos mais ou menos na mesma época, por volta de 1916 em diante, empregam efeitos de pintura clássica atualizada no período. Contudo, alguns artistas que tiveram também presentes no movimento, se expressaram com estilos diferentes dando mais ênfase as concepções intelectuais, efervescentes, libertárias e provocativas em favor das evoluções das mentalidades e dos pensamentos da humanidade. Historicamente quando surgiram, cada um na sua vertente, atuou como movimento de contestação de valores culturais que se manifestou rapidamente nas demais artes. 

Mas passado os anos, hoje por exemplo, após tantas mudanças da mentalidade humana, social e mundial, o que fica intacto e visível é a grande liberdade de expressão do artista, que tanto poderá estar tentando transmitir uma mensagem, como poderá estar apenas realizando a "Arte pela Arte" no seu mais puro exercício. Tal liberdade emprega de tudo na criação da obra, já que ocorreram mesclas. O importante é se entregar ao prazer de realizar, o que implica estudar e evoluir para se expressar cada vez melhor. A liberdade ao alcance da atualidade implica também que o artista poderá se limitar a crescer apenas dentro de um estilo específico, caso para si isto baste. No passado haviam regras do pintar "corretamente", na verdade dentro de algum padrão reconhecido. Toda novidade era mal vinda, ou muito questionada até ser aceita até mesmo pelos próprios artistas. Quanto a mim como artista plástica, me basta a liberdade de me expressar em todas as direções que me inspiram no momento da criação. Deixo aqui um vídeo curto (shorts) para o leitor apreciar a pequena mostra de "Dadá e Surreal". Basta clicar na imagem "Enlevos Da Música". Leia a descrição do vídeo, para "saber mais". 



7 de fev. de 2022

Naif A Arte Que Confunde

" Suportes Geométricos Não Convencionais "


Desta vez escolhi o Naif para expressar a minha nova fase de "Suportes Geométricos Não Convencionais", ou "Escultura Virtual" lembrando que é possível trabalhar em qualquer estilo. Mas o Naif certamente, por sua própria natureza provoca em muitos a sensação de uma arte decorativa.

Clique na imagem a seguir para ver as outras obras neste vídeo shorts, no Teatro Exposição:


Flores Sobre Borboleta - pixels - 2022


O Naif talvez parta de uma base mais descompromissada com as grandes concepções artísticas. Nesta escola de arte, cabe desde o primitivo até os conceitos construtivistas mais arrojados. Daí surge a pureza e o que mais interessa é o fato de realizar a expressão. Naif mistura os elementos, cores e cria o bizarro colorido, "cafona simpático", como um sábio que só deseja saber e desfrutar, não busca mais. Seria a lua nova artística morrendo e renascendo ao mesmo tempo. Eclodem combinações cromáticas desconexas, recortes de revistas, colagens, objetos com mensagens sem nexo. Tudo faz sentido e nada faz muito sentido.  

Desde que surgiu é o estilo de arte que mais confunde a crítica. Sem ligar pra isso ele continua, seguindo suas evoluções de década em década. Começou a chamar a atenção do mercado de arte quando Henri Rousseau expôs no Salão dos Independentes em 1866, e continua recebendo atenção crítica e ganhando novos apreciadores. 

Sobre os Suportes Geométricos Não Convencionais, estou bastante inclinada em dar prosseguimento. É para mim uma nova fase muito divertida que iniciei em 2013 e retornei no final do ano passado, em 2021 e explico melhor o "processo de criação", no post entitulado," Arte Exposição - Gestual S/Suporte Geométrico Não Convencional: Documento", logo uns posts abaixo. 

🎨 Se vc é artista plástico talvez sinta-se encorajado a se engajar neste movimento, também conhecido como um seguimento mais arrojado da pintura Hard Edge, que usa formas simples e que oferece inúmeras  novas perspectivas. E se vc já é um dos pioneiros e passar pelo blog, deixe seu contato no meu "Livro de Visitas" no início da página, para que eu também possa apreciar suas obras.

 Saiba mais sobre "Escultura Virtual" clicando no " marcador" no rodapé deste post.


🤗 Obrigada por visitar. Siga o canal!!



22 de jan. de 2022

Arte Digital - Da Renascença ao Realismo Fantástico

 Casquinha de Sorvete 

 Pixels  2022

"Entre a realização de fazer este quadro, está o fato de assinar  "propositadamente" ao contrário."


A informática é algo que as populações não sabem como funciona mas fazem uso constante no dia a dia. Do mesmo modo, tem acesso e usam imagens digitais sem também ter ideia plena de como se chegou a tudo isso. Daí é mesmo muito importante que crianças e adolescentes recebam aulas de arte nas escolas, comecem a compreender estilos e aprendem algumas técnicas. Todo este aprendizado ajuda a conhecer melhor o mundo virtual e facilita a interatividade. Expande a consciência do ser humano. Deixo aqui um link que encontrei na web, sobre a história da arte, de linguagem bastante simples mas muito informativa, que tanto serve para professores de arte, alunos e artistas iniciantes. Contudo, leia primeiro o post a seguir e depois clique e aproveite a dica deste link acima ao lado. 

A arte Digital vem a ser realmente o marco do tão esperado "novo" dos artistas laboriosos do fim do século vinte. Essa busca se torna mais intensa conforme explico nos posts abaixo, neste paradigma, nas décadas de 60, 70 e 80. Mas eu quero ressaltar aqui o quanto foi importante o estudo da cor luz e da forma, que se inicia nas artes plásticas da renascença até o Surrealismo e colidindo com o Fauve, apesar de pictórico, não menos importante. Ambos, Surrealismo e Fauve reestudando o emprego da tinta negra, ou do preto nas telas e painéis das obras de arte. O Surrealismo aderindo a corrente do estudo ótico, ou óptico das teorias da cor luz enquanto refração e reflexão, apoiados na Física, enquanto paralelamente o estudo do Fauve, também apoiado na Física, aderindo a corrente da cor pura, usando o negro no sentido de pigmento puro e simples, gerando a sensação de perspectiva no espaço visual. Isto se dá "automáticamente", como observam os artistas da época, simplesmente por se tratar de realidade pura que eles começam a empregar em suas telas sem respeitarem mais as regras impostas pelos métodos tradicionais de se pintar, impostas nos racionalismos das academias de desenho e pintura. Contudo o que impulsiona os artistas a romper definitivamente com valores racionais, que delimitam os artistas em áreas cercadas permitidas é de fato e comprovadamente o Expressionismo. O Expressionismo é derivado dos últimos estudos da luz e cor no movimento Impressionista. Os artistas não se permitem mais a tratar a arte dentro das regras da mente e do racional. A mente racional não vê plenamente e finalmente os artistas assumem a total capacidade do artista expressar sua sensibilidade além do que se enxerga. Neste momento glorioso outras tendências científicas também dão total reforço no campo da psicanálise e da espiritualidade. O interessante é que o movimento do automatismo revisto no início do século vinte, remonta as mesmas técnicas de pintura empregadas na Renascença, obtidas pelo estudo da prática do "claro escuro" ou estudo das "meias tintas". Tais práticas de se pintar gera a "fixação de forma" e automaticamente a forma perfeita. A forma perfeita com tudo que ela contém, geometria, volume e textura. Por isso ao se olhar um quadro deste período o observador identifica os elementos, cristal, metal, madeira, couro, pele, tipos de tecido e etc e etc. Nestas obras, enquanto se pinta, muitas teorias sobre luz e cor são observadas pelos mestres e os fenômenos anotados em ensaios por alguns. Leonardo Da Vince por exemplo, descreve sua primeira constatação da cor complementar, apelidando-a de "cor falsa". Os discípulos de Da Vince sentem dificuldades em entender os sucessos do mestre na superfície plana da tela ou papel e acreditam que tudo é efeito obtido por gramas de pigmentos coloridos. Ele explica que os efeitos não são químicos, mas são produzidos por leis físicas. Mais tarde cientistas como Kepler e Newton demostram a veracidade destes conhecimentos. 
Algo comum a história da arte é ver artistas revendo artes do passado, buscando informações importantes. Os renascentista vão busar e usar métodos precisos do período clássico grego. A arte grega manifesta na pintura, arquitetura e escultura se sobressai mais na prática técnica da "fixação de forma", fruto do exercício do "claro escuro" justamente na escultura. O famoso Michelangelo, pintor e escultor italiano, esculpia como um grego. Ele projetava a imagem no bloco de pedra e automaticamente sua mão, sem erro de cálculos, retirava as sobras com suas ferramentas de escultor. As lascas iam se soltando e a imagem ia emergindo perfeita. Ele usava o mesmo conhecimento técnico na pintura. Após a pintura do teto da capela Sistina pintada entre 1508 e 1512, ele sofreu uma súbita cegueira que durou alguns dias, pois isto provém de um cansaço físico, resultado de árduo exercício óptico e motor, que produz logo a seguir também automaticamente e por processo natural, uma renovação no sistema ótico do artista. O mesmo acontece com os músicos clássicos ao apurar o ouvido e a percepção sonora. Saber disto me deixou muito tranquila (em algum post abaixo, escrevo sobre a época que fiz estudo de desenho clássico). Nas férias de fim de ano do curso, eu também tive uma súbita cegueira que levou uma semana para se dissipar. Comemorei isso como um triunfo. Mas, não acontece com todo mundo. Na capacitação de aprimoramento ótico, pode não ocorrer e é irrelevante. 
As técnicas do claro escuro, são diferentes das técnicas do conforme é conhecido, desenho realista e estas diferenças, podem vir a confundir o espectador e até mesmo estudantes de arte. Mas praticando um e outro o artista compreende na prática o valor e significado. O estudo do "claro escuro" é muitíssimo mais lento, pois não ensina uma técnica, mas aprimora um método e corrige erros de interpretação visual. Não falo assim, para desencorajar artistas e nem profissionais gráficos, ao contrário. Se no passado não muito distante nós artistas tivemos que botar abaixo regras que já não traduziram bem nossas intenções, hoje, com a facilidade digital que programas de imagem oferecem para leigos e publicitários apenas técnicos, estamos ameaçados de acreditar que a máquina superou o gênio criador dos artistas e que qualquer pessoa mesmo sem real talento artístico é capaz de produzir boas imagens. Não deixa de ser uma verdade, porém relativa. Imagina o que um artista de fato será capaz de entregar à humanidade, tendo como extensão de si ferramentas digitais, além de pincéis, lápis e tintas. Isto é fantástico!!

O Realismo Fantástico também é uma tendência que apareceu com mais evidência na Escola do Pensamento Humano dentro do cenário artístico do século vinte e conforme já comentei acima, ele decorre de todos os movimentos deste conglomerado histórico, mais ou menos nos meados da época. Foi mais forte de início na literatura, mas se estendeu em todas as artes, contudo sua interferência na música assabarca a música experimental, variando do New Age progressivo com instrumentos musicais fantásticos, acústicos e eletrônicos, a exemplo a Harpa Laser, aparece também nas orquestras e vai ao minimalimo dos dias atuais. Na verdade, o Realismo Fantástico é bem característico da música experimental eletro eletrônica que surge nas apresentações de produções independentes, quando começaram a produzir os primeiros sintetizadores Moog, de preço bem acessível à turma da "Contracultura", produzindo sons mágicos mirabolantes que se mesclavam aos sons da cidade ou da natureza numa sintonia e sinfonia cósmica. Copie para pesquisar:

"Moog (instrumento musical) – Wikipédia, a enciclopédia livre" https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Moog_(instrumento_musical)

"A música eletrônica, desde os primórdios até hoje em dia - Parte 1 - Canaltech" https://canaltech.com.br/musica/a-musica-eletronica-desde-os-primordios-ate-hoje-em-dia-parte-1-76021/

 Estamos aí vivenciando uma sociedade a beira da explosão do conhecimento humano, visto pelo seu esplendor e claro, não por seus erros sociais, fruto de ignorância e do não conhecimento. Então, devagar, timidamente surge a Internet até então, apreciada apenas por estudiosos da informática, conhecidos por "nerds". Hoje o termo "nerd", significa qualquer pessoa estudiosa como um elogio. Antes era uma tentativa de ofender os jovens cientistas, que não se misturavam a maioria das pessoas pois andavam muito ocupados. Mas da ocupação de nerds de todas as idades já no fim do milênio, adentrando ao século vinte um a Internet abriu um portal gigantesco entre a realidade física e a realidade física virtual, o ciberespaço, já apontando para o seu metaverso, já esperado por muitos pensadores e entusiastas. Artistas e cientistas apoiam desde o início este desenvolvimento. Finalmente o Realismo Fantástico encontra seu espaço manifesto, além das imagens oníricas representativas, ou literárias. Enquanto isso na sociedade, sem que as pessoas entendam as teorias, elas passam a viver nestes ambientes virtuais, envolvidas em redes sociais e jogos extraordinários com cenários livres e atividades que lhe dão conforto a alma. Até que tudo se torna comum e até nescessário para todos. A próxima meta, além da realidade 3D aprisionada da telinha é projetar o metaverso para o exterior, acredito porém que a holografia que também faz parte deste universo e ainda está sob estudos será usada e vai gerar algumas soluções para apresentações no mundo físico, poderá se aliada a informática, promover e realizar muitos shows, eventos e espetáculos sociais em tempo real ou distribuídos como pacotes culturais gravados. Imagina vc em sua casa, recostado confortavelmente em travesseiros de sua cama
ou sentado no sofá assistindo uma projeção em tamanho real holográfica, de um jogo de basquete, uma peça de teatro ou um festival de rock. 


No próximo post, vc vai encontrar duas imagens digitais parecidas. Uma Surrealista, de título "Desejo" e a outra Fouvista de título "Sorvete". 
Ainda envolvido no tema "Casquinha de Sorvete", em Realismo Fantástico, assista ao vídeo shorts no YouTube: 








12 de jan. de 2022

O que é Obra de Arte? Alguém pode me explicar?

 


Desejo
Pixels 2022

Tentando responder isto elaborei uma lista simples de perguntas e respostas, para ajudar a sua avaliação. Vou escolher também um tipo de arte que servirá de exemplo entre todas que existem:
"Artes Plásticas", que em geral envolve pintura, desenho e escultura. Ela se estende, na arquitetura e outras modalidades, mas vamos reduzir para não complicar. 
Antes de apresentar a lista de perguntas, vou apresentar uma lista de informações que também vão servir de base para avaliação. Segue aqui abaixo:

1) A profissão de artista plástico, desde que surgiu é a única que não oferece retorno financeiro imediato. Oferece promessa de enriquecimento mas não tem um método real e objetivo que se possa seguir para conseguir. Lendo a vida dos artistas plásticos que ficaram famosos logo se chega a esta conclusão. É diferente de toda profissão, que tem teto salarial, dentro de uma tabela variável, entre o menor, médio e alto salário. Não vamos nos estender, mas medite nisto. 

2) Existem dois tipos de pessoas, as que entendem de arte e as que não entendem de arte. 

3) Entre as que entendem de arte, podemos citar em escala decrescente:

A) Artistas.
B) Colecionadores de arte que entendem realmente a linguagem dos artistas expressas em suas obras de arte. Eles são capazes de ter uma leitura imediata, clara e objetiva.
C) Críticos de arte.
D) Donos de Galerias, (já profissionais).
E) Professores de arte, que não são artistas mas estudaram sobre o assunto, baseado em livros, oficinas e informações universitárias sobre história da arte.
F) Profissionais do desenho e da pintura, que utilizam as técnicas para trabalhos gráficos, de comunicação em geral. 
G) Colecionadores de arte que compram para investimento financeiro, geralmente orientados por algum entendido no assunto.
H) Donos de loja de decoração, frequentemente guiados pelo estilo de época, ou os interesses de sua clientela.
I)Público em geral que compra arte para decoração.
J) Na base desta pirâmide, temos a população como um todo, que tem gostos diferentes porém baseados na simpatia que sentem por algum estilo de arte, mesmo sem saber de fato o que significam. Suas avaliações são simplórias recaindo em, bonito, feio, bem feito, mal feito, alegre, triste, berrante, calmante, moralizante, imoral, esquisito, diferente, difícil, fácil de fazer e etc. Aos poucos a população vai aceitando e absorvendo as artes que vão aparecendo, de tanto que passam a se deparar com as novidades, acabam aceitando.

4) Pessoas que não entendem sobre obras de arte:
Todos nós podemos passar por momentos de confusão diante um estilo novo de arte que surge de repente. Mas verdadeiros artistas, sabendo disto, preferem observar e meditar sobre, antes de se manifestar a respeito. Podemos ser enganados pela mente, diante do que se vê e se sente e pré conceituar ou melhor, preconceituar. Situações assim, acontecem ao longo da história das artes e muitas ficaram famosas. Como exemplo numa exposição de
Touluse Lautrec, antes de se tornar famoso, no dia da inauguração da exposição, uma dama acompanhada pelo esposo, acostumada a frequentar salões de arte e obviamente a convite do dono da galeria, pareceu não aprovar a arte de Lautrec e de repente criticou em público um de seus quadros afirmando que tal obra era infame, pois a figura, que era um retrato de mulher semi vestida, com roupas de baixo (encobrindo grande parte de seu corpo),  ajeitava a meia. A dama disse ao pintor palavras rudes de desaprovação, afirmando que aquilo era um atentado sobre a moral e bons costumes,  pois a jovem estava se despindo. Lautrec no entanto respondeu que ela estava equivocada, pois a moça estava se vestindo e não se despindo. A seguir pediu que ela se retirasse de sua exposição e que não olhasse mais o seu quadro. Pobre mulher que nem suspeitava que Lautrec não demoraria seria considerado um dos gênios da arte de seu tempo. Se ela não fosse preconceituosa e prestasse mais atenção aos importantes elementos das pinturas, poderia ter comprado um quadro dele por um preço ainda  considerado muito baixo no mercado de arte.  

Agora vamos a lista de perguntas e respostas que não querem se calar. Se prepare para se espantar, talvez se chatear, mas espero, parar de se iludir e se atualizar.

1) Todo artista precisa saber desenhar e pintar corretamente, ou seja suas formas e perspectivas precisam ser perfeitas para que sua obra seja considerada uma obra de arte?

Resposta: Sim e não. Para alguns artistas isto é irrelevante. Em nosso país, Brasil, temos muitos artistas famosos, consagrados, que são mestres do "Primitivismo", como Heitor dos Prazeres, Mestre Vitalino entre outros. Já para outros artistas, o aprofundamento faz parte das características artísticas de sua arte, já que sem alguns conhecimentos não poderia expressar aquilo que deseja revelar ao público. 

2) Todo excelente desenhista ou pintor, é de fato um artista plástico?
Resposta: Não. Muitos excelentes desenhistas ou pintores são na verdade apenas aprimorados conhecedores de técnicas. Quando são pessoas realistas, sabem disso e encaram com naturalidade. A maioria tem facilidade para se empregar na publicidade, onde aceitam todo tipo de encomenda. Eles não tem relutância em realizar o que se pede, desde que dominem bem a técnica. Alguns são capazes de aprender estilos de pintura para melhorar a profissão. Para garantir parte do sucesso das melhores agências de publicidade, além dos copistas, arte finalistas, diagramadores e coloristas as agências contratam um criador, que vai trabalhar mentalmente uma ideia e passar aos membros da equipe o que eles irão desenhar. Os criadores precisam ter uma sensibilidade maior e alguns são considerados artistas. 

3) Todo criador de arte é um artista?
Resposta: Sim. 

4) Todo artista plástico, é um criador?
Resposta: Não exatamente. Mas, para ser considerado artista ele deverá desenvolver ao menos estilo próprio. Enquanto isso não acontece, a pessoa é considerada, ou vista pelos artistas como um discípulo ou aspirante.
As vezes aparecem quadros magníficos de pintores, tão parecidos com os quadros de artistas famosos que chegam a enganar o espectador. Mas logo se reconhece o discípulo pela sua assinatura real. Há casos também de denúncia de obras de arte falsas sendo vendidas no mercado de arte. Elas são estudadas em laboratório para comprovar sua autenticidade. 

5) Toda obra de arte é difícil de ser imitada? Ou, uma obra de arte fácil de fazer é mesmo uma obra de arte?
Resposta: Esta é a dúvida mais frequente. Mas a resposta é simples. As obras de arte aparentemente fáceis de fazer, foram muito difíceis de serem concebidas pelos criadores. Do mesmo modo que alguém pode dominar uma técnica muito difícil e nem por isso ser mesmo um artista, este processo pode se dar ao contrário. Uma criança talvez seja capaz de fazer uma técnica fácil de arte moderna numa sala de aula, mas vem a pergunta. Será que ela sabe o que está fazendo, ou será que está apenas repetindo os movimentos e ensinamentos que recebeu? Explicando por outra vertente. Uma criança que aprende a fazer uma pipa e depois aprende a empina-la, sabe de fato o que é aerodinâmica?  
Pois bem, a simplicidade de uma expressão artística conquistada pelo gênio humano, pode vir a representar grandes conhecimentos adquiridos pela aquela escola tal de arte que surgiu em dado momento histórico. 

6) Sexta e última pergunta (até então) e resposta, que não quer calar: As artes reproduzidas em série são mesmo obras autênticas? 
Resposta: Isto faz parte do processo de criação e ao que a obra se destina. Existe a obra única, concebida para ser única e original, assinada pelo artista ou carregada de todas as suas características, capaz de identificá-lo. Artistas de hoje e do passado distante, criam obras de arte para reprodução. Ao longo dos séculos os meios de reprodução foram desenvolvidos em cerâmica, porcelana, gravuras de madeira, pedra e metal, conhecidas por xilogravura, água forte, água tinta, ponta seca, litogravura, etc e adentrou no século vinte, especialmente reflorescendo na Pop Art com outros tipos de reprodução. Isto não acaba nunca, a cada modelo novo de impressão que facilita e abre horizontes para o olhar artístico. Contudo é um assunto tão extenso e interessante que daria para escrever um livro e eu acredito que já tomei muito da sua atenção aqui neste blog. 

Se este assunto parece útil, compartilhe.
Agradeço sua visita ao blog!



Sorvete
Pixels  2022 


10 de jan. de 2022

Pixels

 


Nankin, Xerox e Pixels. 2021 - Vídeo 

"Agora os tempos eram de muita novidade e renovação,  liberdade para desenvolver técnicas do passado e presente sempre de olho no futuro, misturas e experimentação." É assim a descrição do vídeo " Nos Anos 70 De Contracultura - Pop Art", que postei esta semana no YouTube e vc poderá assistir clicando na imagem acima. 
Para entender este post vc terá que ajudar interagindo um pouco, evitando que eu escreva um texto enorme com coisas que já foram ditas no blog. Rolando o blog, vc vai encontrar esta imagem atualmente recriada em "pixels" e vai entender todo o sentido da coisa. 
Não existe atualmente em literatura muita informação precisa sobre a Contracultura que floresceu  na década de 70 em vários sentidos os quais ela influenciou profundamente. Encontrar material de estudo é difícil até mesmo para quem procura fazer teses universitárias sobre este movimento histórico. Não pretendo aqui estender o assunto explicando os motivos disto, mas se vc é um interessado em arte desta época, vai se valer do depoimento dos artistas que viveram o momento ativamente, já que ainda não existem dados completos para estudos didáticos e literários. Posso adiantar que nos anos 70 e a partir, nós os jovens artistas estávamos completamente empenhados em reestudar toda a história das artes dos séculos anteriores e fazer reeleituras dos novos movimentos gerados no século vinte, unindo técnicas, misturando elementos.
A nossa paixão era intensa, voltada para a conquista do novo, conforme explico no post abaixo que será de grande ajuda vc ler também.
Nossa incessante busca, não era estimulada por promessas econômicas, típicas das carreiras promissoras. Desde o passado distante até o hoje e o agora, o mercado de artes plásticas mundial, não se parece em nada com as outras profissões, que garantem sustento e enriquecimento. O destino de um artista plástico é sempre incerto e o que move o indivíduo a continuar, tem que ser maior que as necessidades vitais ou as ilusões passageiras, de fama do ego.
Além da minha produção artística pessoal, muitas outras realizações, estudos, técnicas e experimentos desta época, que não aparecem no meu blog, será possível ser encontrada em arquivos iconográficos de bibliotecas ou blogs e sites oficiais dos próprios artistas. O ditado popular diz o seguinte: 
“Uma imagem vale mais que mil palavras”. É uma expressão popular de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens.
Porém, assim como as interpretações das palavras podem ser distorcidas, pode acontecer também de uma imagem não ser interpretada corretamente. Aliás este fato é muito comum, ocorre e já ocorreu inúmeras vezes na história das artes. Por isso, as vezes apenas mostro as obras de arte aqui no blog, mas subitamente resolvo escrever na tentativa de deixar claro o que se vê.
Mas sobre "Pixels, que é título do blog? Aonde ele aparece na história desta safra de artistas? 
Ele aparece no resultado de nossas pesquisas ópticas e pictóricas comprovadas nos espaços virtuais. A extensão do estudo da cor e da forma que a anos já estimulava toda uma geração científica. O surgimento do pixels foi a resposta aos anseios dos artistas criadores, observadores e responsáveis pelos conceitos atribuídos a imagem. A palavra pixel é uma combinação dos termos “picture” e “element”. Ou seja, “elemento de imagem”. É a menor unidade de uma imagem digital, independente de sua fonte. Baseado nas cores primárias, cor luz, com o desenvolvimento da informática finalmente chegamos ao tão esperado e celebrado novo. Trabalhar com cor luz, desenvolver o 3D e mais uma infinidade de possibilidades. Apesar destes estudos não serem para os leigos, servem também para o seu desfrute. Toda o conhecimento estudado, desenvolvido e aprimorado de todos os séculos, desde os primórdios, pesam como o legado, a herança usada na prática simples do cotidiano das populações. Gosto de falar de tudo isso com muita reverência e relevância. Nada do que construímos foi fácil de se conseguir. Para o espectador e usuário atual, tudo é tão rápido e fácil que parece mágica, ou uma criação divina assim como um fruto, uma flor, um sol nascendo ou descendo no poente. Sim, é divino, mas também é o divino se manifestando em união aos seus filhos, homens de boa vontade, amor, coragem, fé, inspirados e dedicados. 
Se vc gostar do vídeo, dos posts ou do blog, por favor manifeste o seu entusiasmo no vídeo, deixando um "like", ou um simples comentário. Vc também pode deixar uma mensagem no Livro de Visita, lá no início do blog. 

20 de dez. de 2021

Gestual

 

A maioria das artes que apresento neste blog datam de 1980 em diante, mas eu comecei a rabiscar na infância e me assumi artista plástica em 1972, aos dezessete anos. Infelizmente as obras que fiz nesta época não resistiram ao tempo ou foram dadas de presente. O princípio da minha tomada de consciência artística, voltada a profissão, foi parecida com o que acontece com a maioria. Desenhava e pintava, reconhecendo as ferramentas e os materiais. A auto valorização era constante mas a auto crítica vigiava ao lado e não demorou para que eu começasse a me interessar pelos famosos grandes mestres e daí descortinar o profundo, significativo e verdadeiro mundo das artes. É comum iniciantes se tornarem discípulos apaixonados por vários artistas gloriosos que deixaram legados, até por que é preciso se atualizar constantemente e não se iludir, acreditando que descobriu algo novo enquanto exercita, mas que de fato, tal estilo já foi criado anos anteriores, séculos ou décadas. Reproduzir estilos já criados, misturar escolas hoje em dia também é muito normal. O meu interesse se estendeu da pré-história ao 3d atual, passando por toda arte já concebida. A história da arte, nos remete ao estudo da história da humanidade e nos ajuda a entender melhor a qualidade de vida e avaliar a mentalidade dos povos, mas para isso é importante aprimorar o conhecimento sobre as técnicas utilizadas em cada tempo. Os períodos são marcados por evoluções ou degradaçōes que podem se dar até mesmo paralelamente. Ter nascido no século vinte ou vinte e um é um precioso previlégio, ao se observar o acúmulo de conhecimentos já adquiridos, contudo se torna mais difícil realizar o novo, aquilo que está por vir e ainda ninguém, ou nenhum grupo concebeu. Estávamos assim neste entremeio e final do século xX, lapidando, burilando o novo. Havia um muro transparente onde cada artista se lançava estudando, ocupado de corpo e alma rumo ao novo. Efervescência cultural que nos excitava a estudar, recapitular, destrinchar e experimentar. Sim, veio o novo, mas isto é outro assunto para um outro post. Diante do portal transparente eu também me projetava, batia e retornava na força do rebatimento e lá estava eu levada a algum andar do platô das artes. Um dia caí no andar do Gestual. Até então eu era uma artista figurativa. Antes, apesar de ser auto didata eu resolvi conhecer melhor o desenho e estudar as técnicas renascentistas de "claro escuro", para superar alguns impedimentos que cerciavam a minha liberdade. Um estudo maravilhoso que me abriu os olhos e a percepção. Estudei dois anos no Liceu de Artes e Ofício, com o mestre catedrático Jaime Pereira Ramos. O curso era diário e de segunda a sexta-feira, três horas por dia. Mas deste aprendizado, me prevaleci apenas do conhecimento e do aprimoramento óptico, pois empreguei tudo nos meus estilos pessoais bem longe dos modelos acadêmicos. Anos mais tarde, visitei o professor em ateliê de sala de aula e ele me perguntou, diante dos alunos estudando cada um em seu cavalete: _Está pintando o quê? _ e eu respondi _ Abstrato. _ ele sorriu, notei que verteu uma lágrima, disfarçadamente e elogiou o Abstracionismo, diante de todos e com voz alta para que todos ouvissem, usando aquele seu tom peculiar de severidade. E como sempre, todos ouviram sérios e introspectivos.

Mas, continuando de onde parei, subitamente me deparei com o Gestual, que era uma escola já desenvolvida na década de 40, mas que voltou a figurar entre as práticas e estudos da minha geração. No íntimo eu sentia vontade de experimentar o Abstracionismo, pois já havia desfrutado bastante do Expressionismo, Fauve, Cubismo, Pontilhismo, e outros "ismos", na pintura e desenho com aquarelas, nankins, guaches e hidrocores, canetas, bicos de pena e lápis variados. Materiais que me fascinavam, ganhando vida sobre papéis. Também pintava telas a óleo, na verdade a minha primeira convivência básica, mas os materiais aquosos passavam uma fuidez convidativa ao abandono das formas. No entanto a rigidez do carvão e do lápis mantinha a atenção clara e objetiva do traço. Como romper ou migrar deste universo tão complexo e completo para as esferas das desconstruções, sem timidez? Reconheço que as teorias do Fauve em favor da cor pura em muito me auxiliaram, talvez um pouco de cada uma dessas escolas que surgiram praticamente no mesmo instante se uniram e dinamizaram as próximas ações reveladoras do meu tempo pessoal abstrato. Foi como um ritual seguido de etapas. É preciso conviver diretamente para entender de fato os valores contidos analisados e o mais interessante é que os resultados obtidos também podem agradar e sensibilizar os leigos espectadores que passam a reconhecer aquela esfera visual carregada de atributos, através da nova arte apresentada.


A arte do gesto, me levou aos princípios da arte e das formas. A origem das formas que emergem do âmago do ser envoltas em novelos da nossa inspiração. Antes mesmo que se possa racionalizá-la, a forma original se forma para surgir e se materializar por algum meio, no caso desenhada ou pintada no papel. Percebi que assim provavelmente surgiram as primeiras formas riscadas do horizonte primitivo. O gesto livre, descontraído e instintivo do rabiscar a terra com gravetos e a imediata percepção do ser humano pré histórico de reconhecer a forma projetada ali no chão, semelhante justamente ao que ele observava mentalmente, pode tê-lo despertado para a criação dos primeiro símbolos, das primeiras imagens rupestres e aí se abrir uma infinidade de portais que chegaram até o surgimento da escrita e desencadearam o armazenamento dos conhecimentos. Existem técnicas especiais para desenvolver as dinâmicas gestuais e técnicas especiais para observar os graus de sua desenvoltura, teoria e prática. As mais comuns estão associadas as manchas de tinta e linhas. Eu desenvolvi todas que pude captar e perceber e até hoje, volta e meia sinto- me inspirada em fazer obras gestuais. Em resumo, mergulhada na Arte Do Gesto, pude trajetoriar nas formações da forma, construção e desconstrução sem romper praticamente com o figurativo. Esta liberdade de ir e vir, foi então mais libertária do que a ação racional de criar imagem forçadamente sem forma reconhecida, aparente. Até por que este conceito pode servir de base teórica, mas é mais imaginativo que real. Por isso o Abstracionismo desdobrou-se em sequência e assim continua para mim e outros artistas. Depois deste contato com o Gestual, me senti muito mais à vontade para criar Abstratos, apesar do Abstrato historicamente ter surgido antes e o Gestual ser considerado mais uma de suas vertentes. 
No vídeo abaixo vcs poderão assistir a exposição do Dragão Vermelho, no virtual Teatro Exposição. Nela estão reunidos técnicas físicas de lápis cera escaneada e pixels. Basta clicar na imagem.
O Dragão Vermelho, foi criado, como ilustração, inspirado em um conto do "Realismo Fantástico" em 2014, que ainda não foi publicado. O conto não menciona a técnica artística Gestual, mas a imagem surgiu espontânea enquanto eu escrevia. 


Lápis Cera e Pixels  2014 - Vídeo 


18 de dez. de 2021

Diante Do Vermelho

 

Diante Do Vermelho - Vídeo

Recortes 

Pixels 2021



Livro Branco - Vídeo

Pixels  2021


Os anos eram 80. Desde a década de 70 os jovens artista viviam momentos sublimes de inspiração vindos do Oriente e esta tendência se expressava na música e maioria das artes. Apesar dos problemas terrenos de toda origem serem muito  fortes, escapávamos todos em busca de elevação espiritual. A população como um todo, observava e também bebia dessa fonte, crédula ou não, mas o fato é que percebiam que a produção artística mundial seguindo o crescente da história do século vinte era de qualidade, fosse mais materialista ou metafísica. Poderia ficar aqui escrevendo um texto que desse um livro, passando o conteúdo das evoluções e efervescência cultural deste período, mas ao contrário pretendo ser breve e objetiva. Devo acrescentar no entanto que sentimentos verticalistas libertários se culminaram e se manifestaram no âmago coletivo em todas as direções dos sonhos e ideais, forçando melhorias sociais e em favor da Natureza, alterando o pensamento da humanidade. Muitas conquistas foram realizadas em meio a muitas divergências e devemos admitir que no seguir, nem todos conseguiram acompanhar com clareza a evolução, resultando também em declínios de mentalidade e comportamento coletivo, a partir dos anos 90, misturados e engajados nos adventos. Bem, talvez esta seja a ordem natural dos acontecimentos, "Primeiro a subida depois a descida até que todos conheçam o terreno". Pessoalmente nesta época de 80  eu acabava de sair de uma fase artística, que pretendo narrar num próximo futuro post e estava mergulhando no Abstracionismo, com todos os seus meandros, passando por kandinsky e Mondrian expondo a famosa Tela em Branco e outros artistas do movimento. Para mim foi o marco da personalização maior da minha arte, compreendida e aceita pelo público. As fases anteriores também foram elogiadas mas a aceitação era mais limitada. Nos anos 80 realizei boas exposições de artes plásticas e também desenvolvia a literatura, a poesia e unia as vezes uma a outra e descobri na prática os valores da Poesia Visual. Foi aí neste tempo o início do que apelidei de Fase Vermelha e fiz minha primeira individual. Postei no YouTube  vídeos, atuais,  que seguem a temática deste período. Se der, no futuro poderei escrever sobre as minhas exposições, seguindo a cronologia e narrando os detalhes das exposições. Mas isto leva tempo e o tempo anda. Nos posts abaixo vcs vão encontrar outras referências à fase vermelha, abstracionista e construtivista. Eu prefiro deixar assim, com um ar meio de mistério. Divirtam-se, clicando nas imagens, elas levam aos vídeos.  

5 de dez. de 2021

Arte Exposição - Gestual S/Suporte Geométrico Não Convencional: Documento

 

Marcha Planetária 1

Pixels - 2021

Em mim a concepção nasce durante a feitura da obra. É algo intrínseco. Porém o conceito é fruto também de variados efeitos ocorridos, naturais e acidentais que pude observar ao longo do tempo*. É possível reaproveitar e salvar obras. Primeiro foi preciso conceber o Gestual propriamente dito na década de 80. Na época, não só eu mas artistas do mundo inteiro realizaram esta tendência, trabalhando linhas ou manchas. O Gestual é uma extensão do movimento abstracionista, que já passou por inúmeras fases da sua evolução e teve início oficial nos anos 40, segundo relatos. No seguir, após o ano 2000, quando conheci a arte digital, realizei algumas obras em 3D que entendi como "Esculturas Virtuais",  algumas pretendo apresentar no blog futuramente. Atualmente em 2021 trabalho a expressão mais livre de todas até então, que é o Gestual sobre o suporte. Não considero a ideia o rompimento das formas tradicionais, mas apenas o discernimento, o acréscimo. Percebo claramente a possibilidade de trabalhar sobre suporte geométrico não convencional, usando inclusive qualquer estilo de arte. Trato, ou lido com a forma no universo das formas, onde todas as formas cabem. Ali reunidas, as formas se apresentam de todas as formas. Isto também se dá em questão aos movimentos, cores, texturas, luz e pigmentos, matizes. As formas táteis e visuais, sonoras. Paradas, estáticas, mutáveis, opacas, translúcidas, transparentes, é possível que ainda seja possível observar o etc de suas manifestações.         
                                                                      TuliA

* Hoje, se uma obra for danificada pelas intempéries, encaro o fato como ocorrência história e me importo mais com os fragmentos resgatados. Apesar de lastimar a perda, consigo admitir que ainda existe muita beleza e  mistérios contidos em evidência. 

Clique no "marcador" Escultura Virtual no rodapé do post para saber mais.

Assista também a pequena mostra em vídeo: 

26 de out. de 2021

Teatro Exposição : Novidades Nas Artes Plásticas

 


"O mundo é corrido". As pessoas passam rápidas demais pelas coisas que exigem contemplação. Acostumadas com imagens que se movem, letreiros que piscam, só param para ler as informações escritas sobre as imagens meramente ilustrativas, anunciando as coisas de seus interesses. Estão ali para a sociedade apressada, a imagem contemplativa do pão, do eletro doméstico, da paisagem convidativa ao turismo durante as férias. Mas além da vida apressada, tudo continua o mesmo que era antes, as flores, as árvores, os animais, as artes. Estas e mais outras realidades, para serem de fato apreciadas exigem um olhar mais demorado. 

Eu tive este insight em setembro de 2021, no início do mês e trabalhei uns dias nesta nova forma de apresentação que induz ao contemplar. O assunto é "artes plásticas". Tudo pronto, então em 09 de setembro do mesmo mês inaugurei, eu e Deus, sem maiores alardes, o "Teatro Exposição". Estamos no final de outubro e ele ainda está sendo divulgado como lançamento, no YouTube e no TikTok. Na verdade, a apresentação é realizada mesmo em vídeo, no formato "shorts" que varia de segundos até 3 minutos. Para o nosso teatro a performance é em média de 60 segundos. Criamos uma playlist no YouTube exclusiva do evento, que já conta com dez vídeos novos. Como quem me conhece já sabe, meu canal no Youtube é tcpshowvideos e no TikTok, tcpvideostiktok. 

Aqui Neste post, e no seguir, estão dois vídeos, que vão levar Vcs a se inteirar claramente sobre a novidade: 

O primeiro explica o que é profundamente em teoria o Teatro Exposição. Clique na imagem do Teatro Emojis Vanguarda. Acho importante ouvir esta chamada. 

O segundo vídeo, é a exposição de lançamento, apresentando a obra em pixels, O Ovo Da Serpente. Clica na imagem, para assistir. Não esqueça de deixar seu comentário, pois isto colabora para a plataforma se animar em veicular melhor o trabalho. 

Este vídeo está na postagem abaixo, que tem um texto muito grande, que repete o que falamos aqui agora, e uns pormenores pessoais. Mas espero que entendam a importância de estender e dar um maior destaque a notícia.

                                                    TCP 💛🛸🙃

*** 


17 de out. de 2021

Pena, Pincel & Pixels - Atualização 2021

 Pena, Pincel & Pixels - outubro 2021


Desde minha última postagem aqui no blog, muita coisa mudou no planeta Terra, isto inclui a nossa vida pessoal também. Mudanças de planos, algumas realizações, projetos abandonados. Eu sou uma péssima blogueira, se tratando de seguir as regras que dizem que devemos seguir, mas continuo fiel a mim no meu próprio ritmo, por isto conforme o cabeçalho da página, as vezes ele, o blog,  é atualizado. Hoje é dia de atualizar o Pena, Pincel & Pixels, mas creio que valerá atrair meus seguidores com algumas novidades realmente diferentes do que já passou. Vamos por ordem, ou mais ou menos assim. Eu esperava me inscrever na Amazon para dar seguimento a publicação de  meus livros de texto de ficção, ou os meus infantis de jogos e brinquedos, bem,  este projeto ainda está sob estudo. Ao invés disto me envolvi com outros assuntos interligados. Vou dar um salto quântico no tempo para não gastar o seu precioso momento com explicações. Atualmente ando envolvidíssima com vídeos curtos, os famosos shorts, que estão na moda subitamente devido ao crescimento e sucesso de plataformas orientais, TikTok, Kwai e outros. Retornando um pouco antes, quando me inscrevi no Youtube e criei o canal tcpshowvideos há 11 anos em 2010, comecei fazendo vídeos de minutos ou segundos, enquanto a maioria dos usuários preferiam fazer clipes de até 12 minutos, e depois disso a política do YouTube mudou várias vezes até se transformar na grande empresa que é hoje. Eu continuei fazendo vídeos mínimos, mas não tive muitas visualizações, me desanimei e entrei no universo dos blogs. Antes eu fazia sites no Yahoo, fotologs e slides em portais que já se desativaram. Os blogs foram uma ótima opção para migrar e por isso eu tenho tantos blogs. Todas estas inovações na Internet me faz sonhar e incentivam minha inspiração de artista plástica, motivo que me leva sempre a criar coisas mais comerciáveis e culturais, do que exatamente comerciais e daí, não sou mesmo de seguir regras massivas de comportamento. 

Contudo, de repente os tais "shorts" passaram de insignificantes a uma grande forma de renda e virou febre popular. Esta tendência me pegou numa onda gigante, que me leva diretamente a "minha praia", que é justamente fazer vídeos curtinhos, embora os meus ainda continuam sendo artísticos. Aproveito pra convidar vcs a visitarem a minha galeria no YouTube, outra vez e lá vcs vão notar que escoei vários afluentes do  meu leito artístico. Mas também criei muitas playlists valorizando a comunidade. Além disso, me inscrevi no TikTok e estou adorando o estilo da plataforma,  principalmente o editor de vídeo, que eles oferecem super estimula a criar. Recomendo, neste quesito e muitos outros o sistema é muito evoluído e descomplicado. Poderia estender aqui sobre mil ideias, que ficaram pendentes conforme as promessas das postagens anteriores, mas é melhor mostrar do que contar: 


Teatro Emojis - Humor panfletário.

https://vm.tiktok.com/ZM8MVBkV4/

Teatro Emojis

Teatro Exposição - Inaugurado em setembro, 2021, tem sua própria playlist.

https://youtu.be/sKeUstQUVuc

Teatro Exposição          



Links:  

TikTok>  tiktok.com/@tcpvideostiktok


YouTube>

YouTube.com/tcpshowvideos 


Agradeço a visita, 💛


TCHAU!

 TCP